ATA DA SEXAGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
23-8-2007.
Aos vinte e três dias do mês de agosto do ano de
dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos Vereadores Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza,
João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste
e Newton Braga Rosa. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos
Todeschini, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino
Besson, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela
Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Nilo Santos, Professor Garcia,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador
Aldacir Oliboni, os Pedidos de Providência nos 3337 a 3339/07; pelo
Vereador Alceu Brasinha, os Pedidos de Providência nos 3342 a
3376/07; pelo Vereador Ervino Besson, o Projeto de Resolução nº 073/07
(Processo nº 5839/07); pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de
Providência nos 3311 a 3335/07; pelo Vereador João Carlos Nedel, os
Pedidos de Providência nos 3340 e 3341/07; pela Vereadora Margarete
Moraes, o Pedido de Providência nº 3336/07; pela Vereadora Maria Celeste, o
Projeto de Lei do Legislativo nº 041/07 (Processo nº 1447/07); pela Vereadora Maria
Luiza, o Projeto de Resolução nº 069/07 (Processo nº 5346/07). Do EXPEDIENTE,
constaram os Ofícios nos 2308, 5353, 5666, 7088 e 9774/07, do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Qüinquagésima Nona,
Sexagésima, Sexagésima Primeira, Sexagésima Segunda e Sexagésima Terceira
Sessões Ordinárias e da Décima Oitava Sessão Solene. Em prosseguimento, o
Vereador Luiz Braz formulou Requerimento verbal, deferido pela Senhora
Presidenta, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Após,
a Senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, à Senhora Carmen
Padilha, Presidenta do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre – SIMPA –,
que relatou dificuldades de
acesso a serviços de saúde, enfrentadas pela categoria que representa, solicitando apoio para que seja
viabiliza da a implantação, ainda no corrente ano, do Instituto de Assistência
do Município de Porto Alegre – IAMPA –, instituído pela Lei Municipal nº
6.819/91. Também, denunciou casos de
assédio moral e irregularidades na relotação e transferência de servidores,
que estariam ocorrendo na Fundação de Assistência Social e Cidadania – FASC. Na
ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Sofia Cavedon,
Luiz Braz, João Antonio Dib, Clênia Maranhão, Nilo Santos, Márcio Bins Ely e
Dr. Raul manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular.
Às quatorze horas e quarenta e dois minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e seis minutos, constatada
a existência de quórum. Em
prosseguimento, o Vereador João Carlos Nedel formulou Requerimento verbal,
deferido pela Senhora Presidenta, solicitando alteração na ordem dos trabalhos
da presente Sessão. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Guilherme Barbosa afirmou que se observa uma queda na
qualidade dos serviços públicos oferecidos à população de Porto Alegre, enfocando principalmente questões
relativas à iluminação e manutenção de vias da Cidade e ao Programa de Saúde da
Família. Além disso, comentou a
possibilidade de ocorrência de demissões de trabalhadores que hoje atuam junto
à Associação
Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural. Após, o Vereador Aldacir
Oliboni procedeu à entrega, à Senhora Presidenta, de cópia do contrato firmado
entre o Instituto Sollus e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, para parceria
atinente ao Programa de Saúde da Família, tendo a Senhora Presidenta informado
que essa documentação ficaria à disposição dos Vereadores interessados. Às
quatorze horas e cinqüenta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quinze horas, constatada a existência de quórum. Em prosseguimento, foi iniciado o período de
COMUNICAÇÕES, hoje destinado a homenagear o Comando Militar do Sul pela
passagem da Semana do Soldado, nos termos do Requerimento nº 027/07 (Processo
nº 1302/07), de autoria do Vereador José Ismael Heinen. Compuseram a Mesa: a
Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre; o
General-de-Exército José Elito Carvalho Siqueira e o General-de-Brigada Manoel
Luiz Narvaz Pafiadache, respectivamente Comandante e Chefe do Estado Maior do
Comando Militar do Sul; o Major-Brigadeiro-do-Ar Raul José Ferreira Dias,
Comandante do V Comando Aéreo Regional – COMAR –; e o Senhor Eduardo Cunha
Müller, Presidente da Liga da Defesa Nacional. Ainda, como extensão da Mesa, a
Senhora Presidenta registrou a presença do Coronel Sérgio Luís Lhulier Renck,
Presidente do Conselho Deliberativo do GBOEX Previdência Privada. Também, a
Senhora Presidenta registrou a presença, neste Plenário, do General-de-Divisão Wellington
Fonseca, Comandante da 6ª Divisão de Exército; do General-de-Brigada Grimário
Nobre de Oliveira e dos Coronéis Irani Siqueira e Marcelo Cantagalo dos Santos,
respectivamente Assessor de Saúde e Assessores Parlamentares do Comando Militar
do Sul; do General-de-Brigada Eduardo José Barbosa, Comandante da Artilharia
Divisionária da 6ª Divisão de Exército; do Coronel Pedro Américo Leal,
ex-Vereador desta Casa; do Coronel Fernando Vasconcelos Pereira, Comandante do
Colégio Militar de Porto Alegre; e do Senhor Tufic Abdalla Agia Neto, representando
o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Em prosseguimento, a
Senhora Presidenta convidou todos para, em pé, ouvirem a execução do Hino
Nacional, executado pela Banda do 3º Batalhão de Polícia do Exército, regida
pelo Mestre de Banda, Subtenente Meireles. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador José
Ismael Heinen, frisando a
importância das Forças Armadas nos principais momentos da história do País, enalteceu o trabalho realizado pelos
militares na defesa territorial e no processo de integração nacional e construção
da identidade brasileira. Ainda,
lembrou a figura de Duque de
Caxias, Patrono do Exército, e prestou
homenagem especial ao Soldado Rodrigo Rocha Klein, falecido quando em missão
de paz no Haiti. O Vereador Elói Guimarães asseverou que a presente homenagem representa o reconhecimento,
pela Cidade de Porto Alegre, ao papel da instituição militar como guardiã dos
preceitos constitucionais atinentes às garantias e direitos individuais e na
preservação da democracia e da soberania brasileira. Também, saudou a posse do General-de-Exército José Elito Carvalho
Siqueira no cargo de Comandante do Comando Militar do Sul, ocorrida no dia
quinze de agosto do corrente. O Vereador João Carlos Nedel, citando juramento efetuado pelos
militares, de dedicação exclusiva ao serviço da Pátria, declarou que esse deveria ser um compromisso de todos os
brasileiros e que os soldados o exercem quotidianamente, por meio de atividades
voltadas ao engrandecimento do País. Finalizando,
convidou para a solenidade de entrega da Comenda Pedro Weingärtner ao
Coronel-de-Cavalaria Pedro Paulo Cantalice Estigarríbia, no dia vinte e cinco
de setembro do corrente, nesta Casa. O Vereador Ervino Besson teceu
considerações a respeito do amor à Pátria demonstrado pelos militares,
afirmando que representar as Forças Armadas é uma missão nobre. Ainda, enfocou
a emoção que Sua Excelência sente ao ouvir o Hino Nacional e lembrar dos
símbolos que representam o Brasil e, saudando o Vereador José Ismael Heinen, na
condição de militar que integra o quadro de Vereadores desta Casa, estendeu sua
homenagem a todos aqueles que tem como compromisso a defesa do País. Após,
a Senhora Presidenta concedeu a palavra ao General-de-Exército José Elito
Carvalho Siqueira, que, em nome do Comando Militar do Sul, agradeceu a homenagem
hoje prestada pela Câmara Municipal de Porto Alegre. Em continuidade, a Senhora Presidenta convidou todos para, em pé,
ouvirem a execução da Canção do Exército e do Hino Riograndense, executado pela
Banda do 3º Batalhão de Polícia do Exército, regida pelo Mestre de Banda,
Subtenente Meireles. Às quinze horas e cinqüenta e nove minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e
três minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador
Carlos Todeschini discorreu
sobre notícias divulgadas pela imprensa, de possível demissão de funcionários
da Associação
Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural. No
referente ao assunto, destacou
que essa Associação presta relevantes serviços à agricultura gaúcha, mencionando promessas efetuadas pela
Governadora Yeda Crusius quando em campanha eleitoral, de que essa área da
economia seria fortalecida durante sua gestão. O Vereador Mario Fraga homenageou os
militares brasileiros pelo transcurso do Dia do Soldado. Também, reportou-se a
furto ocorrido pela segunda vez no mês de agosto na Associação Jardim Vila
Nova, demonstrando sua preocupação pelas condições de segurança vigentes no
Estado. Além disso, manifestou-se acerca do Programa de Saúde da Família,
criticando movimentos em favor da não-aceitação dos contratos de pessoal
propostos pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre. O Vereador Marcelo
Danéris, replicando afirmações feitas pelo Vereador Mario Fraga, em
Comunicações, discursou sobre as políticas de gestão, financiamento e investimento
da saúde no Município, afirmando que a maior prejudicada pelo mau gerenciamento
nessa área é a população da Cidade. Nesse contexto, comparou números relativos
ao Programa de Saúde da Família em Porto Alegre durante os Governos do Partido
dos Trabalhadores e do Partido Popular Socialista no Município. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, o Vereador Mario Fraga discorreu acerca do encaminhamento dado pelo
Governo Municipal ao Programa de Saúde da Família, contestando a orientação do
Sindicato Médico do Rio Grande do Sul – SIMERS – para que os profissionais
dessa área não assinem novos contratos com a Prefeitura Municipal. Além disso,
manifestou-se favoravelmente às medidas do Governo Federal, destinadas a
melhorias na segurança pública. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Alceu Brasinha
elogiou o desempenho do Prefeito José Fogaça na Prefeitura Municipal,
rechaçando declarações de Vereadores do Partido dos Trabalhadores, de que não
estão sendo realizadas obras na Cidade, e asseverando que a III Perimetral teve
sua construção finalizada pelo atual Governo. Ainda, atribuiu parte da
responsabilidade pelo atraso na ampliação da Avenida Baltazar de Oliveira
Garcia a ações do PT, quando nos Governos Estadual e Municipal. Em PAUTA
ESPECIAL, Discussão Preliminar, estiveram, em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Executivo nos 016 e 017/07, discutidos pelos Vereadores João Antonio
Dib, Ervino Besson, Carlos Comassetto, Newton Braga Rosa e Márcio Bins Ely e
pela Vereadora Sofia Cavedon. Na oportunidade, a Senhora Presidenta registrou a
instalação, hoje, nesta Casa, de coletor de pilhas disponibilizado pelo
Programa Real de Reciclagem de Pilhas e Baterias, informando que seriam
distribuídos aos Senhores Vereadores pequenos coletores individuais. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Clênia Maranhão, replicando críticas de
Vereadores do Partido dos Trabalhadores ao Governo Municipal, declarou que
problemas no Programa de Saúde da Família são devidos a irregularidades em
contrato assinado à época que o PT estava na Prefeitura. Também, sobre a
afirmação de que não são realizadas obras em Porto Alegre, atentou para medidas
da Prefeitura, que buscam inclusão social e melhor qualidade de vida para a
população de baixa renda. O Vereador José Ismael Heinen pronunciou-se contrariamente
à forma como está prevista a reforma tributária no Brasil, opinando que alterações
na legislação dessa área normalmente culminam no aumento do volume de tributos
pagos por pessoas físicas e jurídicas e alegando que o “Super Simples” também
incorre nesse erro. Ainda, divergiu dos valores pagos a médicos pelo Sistema
Único de Saúde – SUS – por intervenções cirúrgicas realizadas. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Executivo nº 015/07,
discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, Guilherme Barbosa e Carlos
Comassetto; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/07,
discutido pelos Vereadores Ervino Besson, Carlos Comassetto e Newton Braga Rosa,
os Projetos de Lei do Legislativo nos 064, 098, 103, 113, 122, 142,
143, 156, 159, 168 e 127/07, este discutido pelo Vereador João Antonio Dib, o
Projeto de Resolução nº 051/07; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 018/07; o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/07, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 131, 133, 134, 146, 147, 149 e
169/07, os Projetos de Resolução nos 062 e 067/07. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, o Vereador Adeli Sell contestou concorrência pública realizada pela
Empresa Pública de Transporte e Circulação – EPTC –, para compra de material
destinado à pintura de sinalização gráfica nas pistas de rolamento. Sobre o
tema, questionou o motivo de alteração no processo de pintura utilizado,
argumentando que somente uma empresa no Brasil oferece a tecnologia solicitada
e cobrando da EPTC explicações técnicas sobre essa modificação. O Vereador
Alceu Brasinha discorreu sobre parceria realizada entre a Prefeitura Municipal
de Porto Alegre e a Rede Brasil Sul de Comunicação, no sentido de revitalização
da Usina do Gasômetro. Sobre o tema, elogiou a mostra “No Ar”, que marca os
cinqüenta anos desse grupo de comunicação e que será realizada naquele prédio,
a partir do dia trinta e um do corrente. Finalizando, debateu Projetos de Lei
em tramitação neste Legislativo, que dispõem sobre o comércio de bebidas alcoólicas
e o cadastro de freqüentadores de motéis. O Vereador João Antonio Dib manifestou-se
criticamente a respeito do excesso de leis no País, tanto em âmbito federal,
quanto estadual e municipal, asseverando que a maior parte das normas existentes
é inócua e prejudica a fiscalização da legislação como um todo. Ainda,
reportou-se à possibilidade de falta de quórum para a continuação da presente
Sessão e, conseqüentemente, para a votação de Projetos que necessitam de
maioria absoluta para sua aprovação. Na ocasião, em face de questionamento
formulado pelo Vereador João Antonio Dib, durante seu pronunciamento em
Comunicação de Líder, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca do
prazo de duração da presente Sessão. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Dr.
Raul manifestou sua preocupação em relação a problemas com o Programa de Saúde
da Família no Município, alegando haver interesse das partes envolvidas para
resolver da melhor forma essa situação. Também, discutiu a importância do
Projeto de Lei do Legislativo nº 122/07, de sua autoria, que cria o protocolo
de intenções para a promoção do planejamento familiar na Cidade. A seguir, foi
votada a prorrogação dos trabalhos da presente Sessão, a qual obteve dez votos
SIM e um voto NÃO, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maria Celeste,
tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Claudio Sebenelo,
Dr. Raul, Ervino Besson, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Luiz Braz e
Márcio Bins Ely e a Vereadora Maria Celeste e Não o Vereador Bernardino
Vendruscolo, votação esta declarada nula pela Senhora Presidenta, em face da
inexistência de quórum deliberativo. Após, a Senhora Presidenta convidou os
Senhores Vereadores para participarem da distribuição, à população, do
relatório de prestação de contas da Câmara Municipal de Porto Alegre, relativo
ao primeiro semestre deste ano, a ser realizada no Parque Farroupilha, a partir
das onze horas do dia vinte e seis de agosto do corrente. Às dezoito horas e
quarenta e três minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, a
Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pela Vereadora Maria Celeste e pelo Vereador Aldacir
Oliboni e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e Luiz Braz, este como
Secretário “ad hoc”. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse
lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim
e pela Senhora Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para um Requerimento.
O
SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Srª
Presidenta, eu aproveito este instante para solicitar a inversão dos trabalhos
da presente Sessão, para que, logo após a Tribuna Popular, passemos ao período
de Comunicações, destinado a homenagear o Comando Militar do Sul.
Passamos
à
A
nossa Lei prevê a criação de uma autarquia com obrigações compartilhadas entre
os servidores e o Poder Executivo. Essa proposta, no nosso entendimento, é
justa e necessária, pois hoje a realidade da nossa categoria é de quem
pode pagar um plano particular tem assistência e, aqueles que não podem, devem
submeter-se ao atendimento do Sistema Único de Saúde. E aqui não preciso
alongar o assunto para falar das dificuldades do SUS, as imensas dificuldades
do Sistema Único de Saúde. Basta acompanhar pela imprensa o caos diário do
atendimento da saúde pública brasileira, as dificuldades que enfrentamos, as
filas, as deficiências no atendimento, na qualidade do serviço; excetuando-se
alguns centros de excelência do Sistema Único de Saúde, que por serem dessa
forma, são concorridíssimos, e é muito difícil acessá-los.
Nós
- quero reafirmar aqui - não queremos privilégios. Entendemos que é uma
obrigação do Estado prestar uma saúde de qualidade para todos. Nós propomos,
através da Lei nº 6.819, a constituição de uma entidade pública gerida pelos
municipários, mantida de forma paritária por servidores e Poder Público,
seguindo o princípio da contribuição solidária, ou seja, da solidariedade
contributiva.
Essa
é, em síntese, a proposta que está formulada na Lei nº 6.819. E aqui eu abro um
parêntese para falar um pouquinho sobre o que hoje nós temos, que é a
Associação dos Funcionários Municipais, a AFM. Quando a gente fala na
implantação do IAMPA, muitas vezes nos perguntam: “E o que fazer com a AFM?”
Nós não queremos o fim da AFM, mas nós sabemos que hoje a AFM, pelas suas condições,
não tem como dar um atendimento integral e municipal para todos os
municipários, e com a qualidade necessária. Nós queremos uma relação solidária
com a AFM. Nós temos exemplos disso, porque a nossa autarquia lembra muito o
IPE-Saúde, que, apesar de todas as dificuldades, da crise financeira do Estado
do Rio Grande do Sul, é um exemplo, sim, de assistência à saúde dos
funcionários públicos estaduais, além de manter uma relação com o Hospital
Ernesto Dornelles. Nós entendemos que o nosso IAMPA poderia manter uma relação
parecida com o Hospital Porto Alegre. Nós queremos uma solução negociada, e
entendemos que existe espaço para a implantação do IAMPA, e não
necessariamente que isso signifique a destruição da AFM. Com o que nós não
concordamos é que a nossa saúde seja tratada como mercadoria, e que sirva de
disputa entre as empresas que tratam da saúde privada. Esse é o nosso principal
ponto de divergência com o Executivo Municipal, porque a proposta apresentada,
ainda no ano passado, a nós, do SIMPA, a respeito da questão da saúde para os
municipários, era a constituição de um pool
de empresas privadas onde nós escolheríamos um plano de saúde adequado às
nossas condições financeiras. O problema é que esse plano de saúde seria para o
municipário, excluiria os seus dependentes; se quiséssemos incluir os
dependentes - e hoje a gente tem uma média de quatro a cinco dependentes por
municipário em certos setores -, teríamos que pagar separadamente. Ou seja, um
plano que a Prefeitura estimava em 90 reais, para um servidor do DMLU, que tem
uma média de cinco dependentes, multiplique-se por cinco, daria 450 reais para
assistência à saúde; algo inadmissível, fora da realidade hoje da nossa
categoria.
Hoje nós estamos aqui na Câmara não apenas para
tratar da questão do IAMPA, mas também para fazer uma denúncia a respeito de
uma situação grave que está ocorrendo na FASC. Uma situação que já buscamos no
Executivo e não tivemos a repercussão necessária junto ao Governo, e por isso
estamos aqui hoje para denunciar e solicitar o apoio de vocês. Na FASC, estão
sendo realizadas relotações, transferências ex-officio, de forma
autoritária, desrespeitando os processos e os trâmites administrativos normais.
Mas não fica aí, porque, na realidade, além de alterar a rotina profissional
dos servidores da FASC, estão atingindo a vida desses servidores, pois hoje a
Direção da FASC trata os servidores como se fossem peões de um tabuleiro de
xadrez, que ela pode usar a qualquer momento, mexer, alterar independente da
vida, da história de vida, da história profissional desses trabalhadores.
Nós entendemos que não somos só uma matrícula; nós
somos pessoas, servidores que têm uma história no serviço público, e queremos
respeito. E o que está se vendo na FASC, há muito tempo, é uma relação
cotidiana de desrespeito, de autoritarismo com os trabalhadores. Os remanejos
devem obedecer a critérios, devem atender às necessidades de serviço, mas,
também, devem saber que ali tem um servidor. E essa política autoritária e
nefasta tem causado prejuízos, sim, não apenas aos servidores, mas ao próprio
trabalho e à própria política de assistência social da FASC.
Nós queremos relatar aqui uma situação gravíssima
de um funcionário, grevista, que, terminada a greve, foi remanejado contra a
sua vontade, do Centro de Atendimento de Rua, com uma história ali, com uma
formação adequada para aquela clientela, foi remanejado para o Abrigo Ingá
Brita, para trabalhar com menores infratores. O servidor alegou que não tinha a
experiência necessária, que não tinha as condições para isso e, mesmo assim,
foi remanejado; foi humilhado pela Direção da FASC, chegou quebrado - entre
aspas - emocionalmente. E sem a condição necessária, entrou em conflito com um
menor infrator e foi agredido por quatro menores infratores, terrivelmente
agredido. Hoje, está em cima de uma cama, completamente, agora, sim, também
quebrado, fisicamente. E isso em função dessa política da FASC.
Por isso, estamos aqui, hoje, para dizer que nós
gostaríamos do apoio desta Casa, porque já buscamos no Executivo para que sejam
apuradas essas denúncias. Denúncias de assédio moral constante aos
trabalhadores da FASC! Queremos que esta Casa se posicione.
E, concluímos, dizendo que nós queremos, sim, que a
Câmara de Vereadores de Porto Alegre ouça os municipários, tanto no ponto de
vista na luta da implantação do IAMPA, que é uma luta justa e necessária, como
também com relação às condições de trabalho da FASC.
Agradeço pela atenção de todos e ficamos no aguardo
dos encaminhamentos que esta Casa deve tomar. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Srª
Carmen, a quem convido para compor a Mesa, neste momento.
A Verª Sofia Cavedon está com a palavra, nos termos
do art. 206 do Regimento.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srª Presidenta do Simpa, Carmen Padilha, nós
sabemos que os dois temas trazidos aqui são bastante complexos e graves. Sobre
o IAMPA, eu gostaria de dizer
que, apesar de complexo, os municipários - com os recursos que a Prefeitura já
aplica no Hospital Porto Alegre - gastam na Associação com a AFM, ou em planos
privados. Nós já temos o suficiente para instituir um forte e qualificado
instituto próprio de saúde. E, agora, neste momento, também temos algo que era
essencial: uma interlocução qualificada e unificada do Sindicato dos
Trabalhadores com o Governo. Tínhamos dificuldades em avançar nesse sentido.
Quando o Simpa estava paralisado, não havia uma ação propositiva, e havia
fóruns de entidades, ou seja, cada entidade com suas diferenças. Eu acho que,
agora, há uma direção, com o funcionamento pleno do Cores, e é o momento de o
Governo encontrar uma solução. Nós achamos, sim, que os municipários têm condições
e direitos de ter um IAMPA forte, qualificado, atendendo a todos.
Sobre
o tema do Amib (Abrigo Municipal Ingá Brita), nós já fizemos uma denúncia nesta
tribuna sobre isso; a Presidenta Maria Celeste já promoveu uma visita ao Amib,
que é um dos lugares onde aconteceu essa violência com um funcionário e que
caracteriza a atual situação da FASC. Nós achamos que o Governo está insensível
e, pior, omisso na questão da gestão desse espaço. O gerente está de licença, o
lugar está perigoso tanto para os adolescentes, quanto para os funcionários. O
Conselho Municipal da Criança e do Adolescente já o descredenciou, e nós
achamos que tem que haver uma atitude imediata do Governo Municipal,
interrompendo aquele lugar, pois ele é, hoje, um local não de reconstrução de
projetos de vida, mas, infelizmente, de perdas de projetos de vidas, inclusive
dos funcionários. Srª Presidente, nós sugerimos que a Casa, uma vez que o Simpa
já esteve com a FASC, uma vez que a senhora já esteve lá visitando, uma vez que
nós já fizemos um Pedido de Providências, faça uma reunião intermediária, uma
reunião com o Sr. Prefeito Municipal, porque a situação é grave, e nós não
queremos que aconteçam fatos mais graves ainda do que já aconteceram, como é o
caso da situação grave de todos os funcionários da FASC.
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Luiz Braz está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste;
cumprimentos à Srª Carmen Padilha, Presidente do Simpa - seja sempre muito
bem-vinda a esta Casa -, ouvi com muita atenção a exposição que V. Sa
fez na tribuna, e eu acredito que essa luta para que o municipário possa ter um
melhor atendimento com relação à saúde é muita justa, e ela tem que ser levada
com muita força. Só que eu acredito que o caminho encontrado não seja o caminho
mais correto, porque quando a gente vai verificar o instituto do IAMPA, que foi
aprovado, nós vamos ver que o art. 23 dizia que quando da implantação do SUS em
Porto Alegre, quando da municipalização, nós teríamos o término do IAMPA,
aquilo, na verdade, liquidou com aquela legislação que criou o IAMPA. Eu acho
que V. Sa poderia encaminhar essa luta no sentido de fazermos
novamente uma legislação - aí teria que ser junto com o Município - para
recriar o Instituto, porque, da forma como está, quando surgiu a
municipalização do SUS, aquela legislação que criou o IAMPA ficou completamente
prejudicada. Então, não é possível, realmente, a luta no sentido que V. Sa
encaminhou. Eu acredito, e sou conhecedor deste assunto, e acho que sou um dos
Vereadores aqui, não o único, mas um dos Vereadores que realmente se debruçou
sobre esse assunto, procurei estudar, e vi que, realmente, a questão do IAMPA,
que é uma questão que foi buscada durante muito tempo pelos municipários, esta
questão, de acordo com aquela legislação que nós temos aqui, é impossível,
realmente, de se dar seqüência. Agora, é claro que ela é justa, é uma luta boa
de se fazer. Eu realmente cumprimento o Sindicato, por buscar melhorar o
atendimento à saúde dos municipários. Muito obrigado pela sua participação.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, minha cara Presidenta,
Carmen Padilha; é muito importante olhar o ontem e o hoje. Eu fui Prefeito, e
quis, realmente, fazer um plano de saúde para os municipários, mas eu não tinha
a Carmen Padilha no Sindicato. Talvez eu tivesse feito, porque exatamente
faltou o apoio dos municipários. Eu queria um convênio entre a AFM e os
municipários; nós resolveríamos o problema, mas os municipários não queriam
fazer a sua contribuição, acharam que era melhor deixar assim, até porque
naquele momento a AFM recebia recursos suficientes para atender melhor os
municipários. Agora, ontem - eu quero falar de “ontem” também -, quando lá no
outro plenário, a Câmara, um dia, resolveu debater o problema do convênio e dar
melhores condições de atendimento aos municipários, a Secretaria de Saúde do
“ontem”, exatamente disse: mas que diferença tem entre os municipários e as
demais pessoas que são atendidas pelo SUS? Hoje, a conversa é diferente. Mas eu
acho que o Sindicato está no bom caminho, tem que lutar, tem que buscar uma
solução, tem o apoio da minha Bancada. Eu acho que como foi, junto com a AFM,
nós podemos encontrar uma solução, sim, para que os municipários sejam bem
atendidos, porque, realmente, eles têm direito à saúde como todo cidadão, e
como diz a Constituição: “A saúde é direito de todos e dever do Estado”. Eu
espero que vocês consigam isso, e volto a dizer que têm o nosso apoio. Saúde e
PAZ! E também sucesso!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
A Verª Clênia Maranhão está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO:
Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu queria, pela
Bancada do PPS - em meu nome pessoal, do Ver. Garcia e do Ver. Elias Vidal -,
saudar a Carmen Padilha, que nos visita nesta tarde, no período da Tribuna
Popular, assim como todas as municipárias e municipários que nos dão o prazer
das suas presenças. Eu tenho acompanhado a questão já há algum tempo, inclusive
por motivação da Presidente do Sindicato, que esteve numa reunião com
Lideranças desta Casa, preocupados, exatamente, com a solução da questão do
IAMPA. A partir daí, comecei a acompanhar mais de perto as discussões que o
Governo está fazendo nesse sentido, coordenadas pelo Secretário Adjunto da
Fazenda, Dr. Zulmir Breda. E sei que, desde maio de 2006, quando o Sindicato
assumiu, o Governo, a partir do mês subseqüente, o mês de junho, iniciou uma
interlocução com a nova Direção do Sindicato. Como fruto dessa interlocução, se
originou um grupo de trabalho paritário, com dez representantes do Sindicato e
dez representantes do Governo, buscando uma solução para essa proposta que o
Sindicado, de uma forma extremamente justa, reivindica junto ao Governo.
Eu queria também comunicar
às Sras. Vereadoras e aos Srs. Vereadores que, fruto dessa interlocução do
Governo com os municipários, se concluiu pela necessidade de uma consultoria
para a avaliação técnica dos cálculos atuariais. E, neste momento, isso já está
em fase de encaminhamento para licitação. Evidentemente a posição do Governo
também contempla uma preocupação com a AFM, que é uma realidade do nosso
Município. Nós, então, queremos, em nome da nossa Bancada, nos colocar à
disposição da Presidente do Sindicato, a Carmen Padilha, dos dirigentes, para
que possamos fazer todas as tratativas no sentido de agilizar uma definição,
finalizando as tarefas desse grupo de trabalho, que está na interlocução com o
Governo. Quero parabenizar o Sindicato pela atuação, que tem sido destacada no
nosso Município.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Nilo Santos está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. NILO SANTOS: Exma
Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, Srª Carmen
Padilha, Presidenta do Simpa, eu gostaria, neste momento, de esclarecer apenas
um detalhe que foi colocado pela Srª Carmen. Obtive informações com a FASC de
que, na realidade, esse funcionário da FASC, que foi para o Abrigo Municipal
Ingá Brita, não foi penalizado por ter participado da greve, porque, se fosse
dessa forma, Srª Carmen, todos os servidores da FASC que possuem FG e
participaram da greve teriam a FG retirada também. Então, não houve
perseguição.
Gostaria
de esclarecer também aos Srs. Vereadores, neste momento, para que não fique
nada obscuro, que esse servidor da FASC foi chamado à sala da Presidência e foi
convidado para prestar serviço no Ingá Brita e, segundo informações que eu
obtive, ele aceitou ir trabalhar no Ingá Brita.
(Manifestações
nas galerias.)
O
SR. NILO SANTOS: Srª
Presidenta, estou apenas repassando a informação que obtive. Inclusive, Srª
Presidenta, a informação que eu tenho é que em outros momentos, também em
outros Governos, muitos servidores sofriam agressões lá dentro. Então, não é um
caso único.
A
nossa Bancada, a do PTB - Ver. Dr. Goulart, nosso Líder; Ver. Brasinha, Verª
Maria Luiza e Ver. Elói Guimarães - tem todo o interesse em acompanhar tudo
isso e, se houver algum problema a ser corrigido, a nossa Bancada também está à
disposição para que nós possamos auxiliar nessa correção. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma
Srª Presidenta, Maria Celeste; Exma Srª Carmen Padilha, Presidenta
do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara, em
especial os militares presentes hoje, nesta Casa, gostaria, Srª Presidenta, em
nome da minha Bancada, nesta Casa representada pelos Vers. Nereu D’Avila, Neuza
Canabarro, Ervino Besson, Mario Fraga e Márcio Bins Ely, de fazer uma saudação
ao Sindicato e à Presidenta, aqui representando a sua Diretoria, e dizer que,
por atribuição do meu Partido, faço parte nesta Casa da Comissão de Saúde e
Meio Ambiente - COSMAM, e participava, ainda esta semana, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, da posse da Abramge, que reúne justamente o
segmento da Medicina, de grupo dos planos de saúde. Tomou posse o Dr. Santa
Maria, no lugar do Dr. Alexandre Diamante.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. DR. RAUL: Exma
Srª Verª Maria Celeste, Presidenta desta Casa; Exma Srª Carmen
Padilha, Presidenta do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, eu falo como
médico que atende quase exclusivamente pelo SUS, e como Presidente da Comissão
de Saúde e Meio Ambiente desta Casa, no sentido de trazer a solidariedade da
Bancada do PMDB neste momento - Ver. Sebastião Melo, Ver. Bernardino
Vendruscolo, Ver. Haroldo de Souza e eu - à preocupação do Sindicato dos
Municipários pela criação de um plano próprio de assistência de Saúde, o IAMPA,
e dizer que nós vamos atuar conjuntamente no sentido de abreviar esse processo
que hoje já transita na Secretaria da Fazenda. Achamos importante que esta Casa
trabalhe no sentido de que essas coisas aconteçam de maneira firme e breve.
Fazendo a nossa parte, junto com o Sindicato e os municipários, conseguiremos o
que todos querem, que é um sistema de saúde realmente melhor qualificado para
os municipários de Porto Alegre.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Concluímos
as intervenções das Bancadas. Agradecemos a participação do Sindicato dos
Municipários de Porto Alegre, que traz a esta Casa dois temas extremamente
importantes.
Estão
suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h42min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 14h46min): Estão reabertos os trabalhos.
Estamos
aguardando o General, do Comando Militar, para iniciarmos o período de
Comunicações.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Srª
Presidenta, eu gostaria de propor que se iniciasse o Grande Expediente, em
virtude de o nosso convidado especial não ter chegado ainda.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): De
pronto, defiro o Requerimento do Ver. João Carlos Nedel.
Passamos
ao
O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de
tempo do Ver. Aldacir Oliboni, que, por sua vez, teve seu tempo transposto com
o do Ver. Alceu Brasinha.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Srª
Verª Maria Celeste, nossa Presidenta; colegas Vereadores e Vereadoras, demais
pessoas que nos acompanham na Sessão, eu, periodicamente, gosto de, ao ter um
tempo um pouco maior nesta tribuna, fazer uma espécie de humilde avaliação dos
nossos três níveis de Governo: ver o que está acontecendo e opinar sobre esses
fatos.
Hoje
de manhã, com a prazerosa companhia do Ver. Besson, estive num debate na Rádio
Bandeirantes. O tema, naquele momento, no programa do radialista Darci Filho,
eram os buracos da cidade de Porto Alegre. Este é um tema que eu tenho trazido
periodicamente a esta tribuna, dizendo que não há cidade no mundo, nem haverá
Administração, em nenhuma delas, em que existirá a situação de “buraco zero”,
digamos assim. Eu já tive a oportunidade de ser Secretário de Obras, e havia
buracos na Cidade, sim. É impossível tapá-los todos permanentemente. No
entanto, também é evidente para todos, e passou a ser um tema da Cidade, a buraqueira
das nossas ruas. Tenho aqui uma série de recortes de jornais; tudo isso aqui
(Mostra os recortes.) são recortes de cartas de pessoas da nossa Cidade para o
Jornal do Comércio, Correio do Povo, Zero Hora, O Sul, Diário Gaúcho, e assim
por diante, sobre os buracos na Cidade. Recentemente, uma senhora, de nome Iris
Decanilli, escreveu para o jornalista Armando Burd, que não trata exatamente de
temas como esse: “Moro em Porto Alegre, mas me sinto na Lua, tal o volume de
buracos nas ruas. Fabricantes de amortecedores vibram”; do dia 11 de agosto. Eu
já havia trazido uma avaliação do desempenho orçamentário da SMOV nesse item.
Para dar uma idéia - de novo - aos telespectadores, uma comparação: no ano de
2004, último período da Administração Popular, gastaram-se, na manutenção das
vias na Cidade, Ver. João Dib, 13,4 milhões, considerando as vias pavimentadas
e as não-pavimentadas. Depois, em 2005, no primeiro ano da Administração
Fogaça, num desempenho razoável, caiu, o que considero razoável num primeiro ano
de Governo, mas, de 13,4 milhões baixou para 11,4 milhões. Dois milhões a
menos, mas, repito, ainda razoável. No ano de 2006 - aí é que vem o espanto -,
aquilo que era 13,4 milhões, 11,4 milhões, baixou para 2,9 milhões - então,
praticamente um quinto daquilo que se havia gasto antes. Não é à toa que
chegamos a uma situação como esta.
Da
mesma forma, a situação é semelhante com a iluminação pública. Nós mantínhamos
lâmpadas apagadas em torno de 2% a 3%, o que é um percentual de bom a ótimo,
com o qual se trabalha no mundo inteiro. Pois bem, neste momento, nós estamos
com um percentual acima de 10% de lâmpadas apagadas. Ainda não temos uma
situação de escuridão na Cidade, mas, paulatinamente, torna-se maior o número
de lâmpadas apagadas, assim como outros serviços: limpeza urbana, e a crise
enorme na Saúde. Todos os serviços na Cidade caíram de qualidade.
O
Sr. Carlos Comassetto:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Guilherme Barbosa, V.
Exª, que é engenheiro e sabe, a Prefeitura inaugurou uma nova técnica para as
estradas e as ruas não-pavimentadas.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Não conheço,
qual é?
O Sr. Carlos Comassetto: A nova técnica
não coloca mais saibro. Em todas as vezes que é necessário fazer manutenção,
simplesmente passa a máquina, espalha novamente aquela terra, e, na primeira
chuva, a buraqueira é imensa. As estradas de Porto Alegre estão em estado de
calamidade pública: as não-pavimentadas e as pavimentadas também.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Exatamente.
Lamento muito isso.
Não há como, neste
momento, neste tempo de Grande Expediente, deixar de considerar a matéria que
trazem os jornais Zero Hora e Diário Gaúcho, de hoje, sobre os assuntos
“Programa de Saúde da Família”, e o “Instituto Sollus”. Nós dissemos, ontem,
quando o Ver. Nilo, nosso vizinho e amigo aqui do lado, fez uma defesa muito
forte e muito aberta do Instituto Sollus, que ele fosse mais devagar, porque
ele poderia “derrapar na curva”. Pois bem, na tarde de ontem, o Tribunal de
Contas do Estado mandou suspender o contrato da Prefeitura de Porto Alegre com
o Instituto Sollus. E o próprio jornal traz - não é coisa da oposição, não é
coisa do PT -, o jornal foi atrás e descobriu uma série de informações muito
complicadas com relação a esse Instituto Sollus; descobriu, por exemplo, que o
Instituto Sollus tem o mesmo endereço da outra entidade que foi consultada pela
Secretaria da Saúde; o mesmo endereço da Interset, que tem contrato lá no
Nordeste, que foi cancelado, pois foi considerado irregular, Ver. João Dib.
Então, eu tenho uma avaliação: a Prefeitura, por intermédio da Secretaria da
Saúde, criou a situação para que a FAURGS deixasse o convênio, e rapidamente,
sem licitação, numa consulta muito estranha colocou esse Instituto Sollus que,
aqui, em Porto Alegre, alugou uma sala na Av. Júlio de Castilhos, bem perto da
sede da Igreja Universal, não sei se é coincidência, mais bem perto. E essa
sala está fechada; o jornal disse que procurou alguém do Instituto, mas que não
tinha ninguém, ninguém atende, e assim por diante.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Guilherme Barbosa, ao
mesmo tempo em que o cumprimento, quero registrar a minha estranheza: a
democracia é muito grande nesta Casa, a situação oferece tempo para a oposição,
para que o Governo seja atacado. Meus cumprimentos.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Na verdade foi
apenas uma inversão de tempo, Ver. Dib, embora a minha relação com o Ver.
Brasinha seja excelente, mas quem me cedeu o tempo foi o Ver. Oliboni. Fica registrado,
porque a nossa relação é muito boa.
O Sr. Aldacir Oliboni: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Guilherme, eu queria, inicialmente,
parabenizá-lo pela manifestação pública em relação a esse contrato firmado pela Sollus com
os PSFs de Porto Alegre. De fato, o contrato da Sollus é este calhamaço de
papéis, (mostra documentos.) em que se comprova realmente isso que V. Exª está
dizendo: com dois endereços, com o tesoureiro das mesmas duas empresas, e as
próprias duas empresas concorrendo com mais três que não tiveram habilidade.
Primeiro, paulista, e não gaúcho; segundo, tanto o Ministério Público de ontem
como Ministério Público de hoje irá dizer ao Governo que eles deverão fazer um
contrato emergencial de 90 dias, e, até o final do ano ou em um ano, fazer
concurso público. Isso mostra, mais uma vez, a derrota e a falta de gestão
deste Governo.
O
Sr. Alceu Brasinha: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Guilherme Babosa, estava
falando ao Ver. Oliboni, há poucos minutos: quem sabe a gente faz uma Comissão
e vamos a São Paulo conhecer a estrutura da Sollus? Porque estão tão
preocupados com a Sollus, então quem sabe a gente vai lá.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Eu
acho que a gente não deve viajar assim: com risco de perder a viagem, porque
tudo indica que esse solo é movediço. Ver. Brasinha, eu que sou engenheiro,
conheço um pouco de geologia, penso que esse solo, pelo que tudo indica, é
movediço. E pelo que tudo indica - como estamos vendo com o Tribunal de Contas
-, pode um Secretário da Saúde, ou outros Secretários também, afundar nesse
solo movediço, nessa areia movediça.
O
Sr. Alceu Brasinha: A
sede oficial é lá em Sorocaba. Quem sabe a gente vai até lá?
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Há
outro jeito. Está dito, aqui no jornal, que o endereço no Ministério da Fazenda
é um, e o endereço para a licitação, entre aspas, para a escolha - não sei como
se chama isso - é outro. Há muita coisa aí a esconder, o solo é movediço!
Por
outro lado - e o tempo já se esgota -, eu queria dizer que no Estado do Rio
Grande do Sul, além da questão do Banrisul, agora estourou o assunto da Emater.
Na eleição do ex-Governador Antônio Britto, ele escreveu uma carta para os
funcionários da CEEE, dizendo que a empresa jamais seria privatizada, que aquilo
era mentira do Partido dos Trabalhadores; e quando ele foi Governador
privatizou uma parte da CEEE.
A
Governadora Yeda Crusius escreveu uma carta para os funcionários da Emater,
dizendo que relaxassem, que não haveria lista de demissão, e agora está aí a
lista de demissão. Eu dizia, no tempo da campanha, para as pessoas que me
escutavam, que o Governo de Yeda Crusius seria a mesma coisa que o do
ex-Governador Antônio Britto, só iria tirar a calça e botar um vestido. Pois,
agora, está-se repetindo: é a versão moderna do antigo Governo Antônio Britto.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre
Presidenta, ontem, o Ver. Nilo Santos fez uma acusação a este Vereador, disse
que era mentira o que eu estava falando. Onde está o Ver. Nilo Santos? Ver.
Nilo Santos, estou entregando o contrato da Sollus para a presidência, para que
seja entregue uma cópia a V. Exª, para provar o que nós falamos ontem: de que o
Sr. Igor tem dois endereços e é tesoureiro das duas empresas.
(Procede
à entrega do documento.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Ver. Aldacir Oliboni. O material está à disposição de todas as Bancadas.
Nós
vamos suspender o Grande Expediente, neste momento, tendo em vista a chegada do
General-de-Exército José Elito Carvalho Siqueira, Exmo Comandante
Militar do Sul, para a homenagem no período de Comunicações.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h59min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 15h): Estão reabertos os trabalhos.
Passamos
às
Hoje,
este período é destinado a homenagear o Comando Militar do Sul pela passagem da
Semana do Soldado, nos termos do Requerimento nº 027/07, de autoria do Ver.
José Ismael Heinen, Processo nº 1.302/07.
Convidamos
para compor a Mesa: o Exmo General-de-Exército Sr. José Elito
Carvalho Siqueira, Comandante Militar do Sul (Palmas.); o Exmo
Major-Brigadeiro-do-Ar Sr. Raul José Ferreira Dias, Comandante do 5º COMAR.
(Palmas.) Convido, também, para compor a Mesa, o Sr. Eduardo Cunha Müller,
Presidente da Liga de Defesa Nacional. (Palmas.) Prestigiam esta solenidade, o
General-de-Divisão Sr. Wellington Fonseca, Comandante da 6ª Divisão de
Exército; o General-de-Brigada Sr. Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, Chefe do
Estado-Maior do Comando Militar do Sul; o General-de-Brigada Sr. Grimário Nobre
de Oliveira, Assessor de Saúde do Comando Militar do Sul; o General-de-Brigada
Sr. Eduardo José Barbosa, Comandante da Artilharia Divisionária da 6ª Divisão
de Exército; o Coronel Pedro Américo Leal, ex-Vereador desta Casa, querido
amigo; o Coronel Fernando Vasconcelos, Comandante do Colégio Militar de Porto
Alegre; o Coronel Irani Siqueira e o Coronel Marcelo Cantagalo, Assessores
Parlamentares do Comando Militar do Sul; o Sr. Tufick Abdalla Agia Neto,
representante da Presidência do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do
Sul; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, oficiais e praças das Forças
Armadas, demais autoridades presentes nesta solenidade de hoje, sejam muito
bem-vindos. Neste momento, convidamos todos para cantarmos o Hino Nacional, que
será interpretado pela Banda do 3º Batalhão de Polícia do Exército, regida pelo
mestre de Banda, o Subtenente Meireles.
(Executa-se
o Hino Nacional.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. José
Ismael Heinen, proponente desta homenagem, está com a palavra em Comunicações.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Srª Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, Verª Maria Celeste;
Senhoras Vereadoras, Senhores Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e
demais presentes.) É com muita emoção que venho hoje a esta tribuna render uma
merecida homenagem ao soldado brasileiro, e faço-o com a firme convicção de que
cumpro um dever perante o meu País e o meu povo. Sinto-me orgulhoso de já ter
vestido esta farda, de ter compartilhado a camaradagem na caserna, assim como
muitos jovens, todo ano, fazem, e, quando dela saímos, é ela que, entranhada no
nosso corpo e alma, não sai mais dos nossos corações.
É na Semana do Soldado, no dia 25 de agosto, que
comemoramos o nascimento do nosso soldado modelar, o Duque de Caxias, que
passou às páginas da história como “O Pacificador”. Sua vida se confunde com a
história do Exército e enobrece a história do Brasil. Evocar a memória de
Caxias, Patrono do Exército Brasileiro, é também um modo de homenagear a todos
que, com o seu sangue, fertilizaram o solo desta Pátria, onde hoje germinam
homens livres e floresce o espírito democrático e republicano.
O soldado brasileiro é, dentre outros, um símbolo
nacional que merece nossa deferência e cívica admiração. O soldado é a parte
concreta deste sentimento abstrato de amor ao chão em que nascemos. Ele com sua
luta e abnegação vivifica em nossos corações a palavra liberdade e nos aproxima
da nossa identidade nacional.
Se
somos hoje uma Nação una, extensa, forte e rica em recursos férteis, tanto
quanto a sua natureza, como o seu povo, orgulhosa de seu passado e convicta de
seu futuro, muito devemos a esses heróis anônimos que se sacrificaram na defesa
deste solo ou que, deixando para trás suas famílias, vão aos rincões mais
longínquos do Brasil e do mundo garantir a paz entre os povos, nas guerras de
ontem e nas guerras de hoje.
Gostaria
de reverenciar todos esses valorosos intrépidos soldados, homenageando o colega
de farda, Soldado Rodrigo Rocha Klein, que recentemente foi vítima de um mortal
acidente, quando cumpria o seu dever numa missão de paz, no Haiti. Meus
senhores, e quantos Klein já houve em tantas e tantas batalhas em defesa do
solo pátrio!
Solidarizo-me
à dor desta família que convive com o sofrimento de não poder mais usufruir a
presença desse seu ente querido. Mas quem veste ou vestiu essa farda sabe que
sempre tem que estar preparado para ir e talvez não voltar. Por isso considero
essa vocação como uma missão, para mim, quase divina, que merece o respeito e a
admiração de toda a sociedade brasileira, como também uma maior valorização de
nossos governantes.
Em
meio a tantas crises, peço que escutemos o eco das palavras de Caxias,
conclamando seus soldados na ponte de Itororó: “Sigam-me os que forem
brasileiros!”. Esse chamado, mais do que nunca, soa e ressoa aos nossos
ouvidos, porque nos dias de hoje são muitas as batalhas para as quais o Brasil
precisa de seus filhos, seus soldados e seus cidadãos! Que sigamos, nós, todos
os soldados, todos os cidadãos brasileiros em defesa desta Pátria, lutando
contra a desigualdade de seus irmãos, contra a violência que devora o solo
desta terra mãe gentil. Que esta luta agregue o sentimento profundo e solidário
de todos nós e promova cada vez mais a união, a solidariedade, o amor ao
próximo, a honradez, a ética e a moral tão necessários para conquistarmos a
nossa grande identidade de amor ao Brasil.
Somos
soldados, com muito orgulho, e juramos defender esta Nação, se preciso for, com
o sacrifício da própria vida. Mas também somos cidadãos, filhos e filhas, pais
e mães, esposos e esposas, responsáveis pelo bem-estar de nossa família e pelo
direito a uma educação digna para nossos filhos.
Que
o exemplo de Caxias se perpetue em cada soldado, e, como uma chama viva de sua
grandeza de espírito, nobreza de caráter e bravura, reitere à Nação o
compromisso de fazer com que as Forças Armadas sejam o nosso braço forte na
garantia da paz social, unindo forças com todo o povo brasileiro para a
construção de um País cada vez mais justo, mais soberano, livre e democrático.
A
nossa homenagem a todos os pais e mães desta terra, que, ao gerarem seus
filhos, começam a formação do soldado brasileiro que leva consigo, com certeza,
para a caserna, a cultura e os ideais formados no seu lar, influenciando,
sobremaneira, a nacionalidade dessa grande instituição que é o nosso Exército
Brasileiro.
Finalizando,
desejo a todas as cidadãs e cidadãos brasileiros, todos soldados desta Pátria,
a meu ver, os mais nobres dos sentimentos, estampados espontaneamente, em
sentido soldado! Quais sejam: a felicidade de uma consciência tranqüila, o
pronto da missão e o dever cumprido. Que Deus nos abençoe a todos! Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O
Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Comunicações.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr.
Presidente, Ver. Aldacir Oliboni. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Srs. Oficiais,
Sargentos, Soldados, componentes da Banda, da Aeronáutica, este é um momento
especial em que a Casa tem a oportunidade de prestar a sua homenagem ao
Soldado, às Forças Armadas, ao Comando Militar do Sul, enfim. Cumprimentava o
General Comandante - ele que está vindo pela primeira vez aqui na Casa - bem
como o Major-Brigadeiro, e dizia que haverão de vir muitas vezes, porque é
institucional na nossa Casa, embora requerido por este ou aquele Vereador, uma
reflexão sobre o papel, sobre a importância das Forças Armadas em nosso País e
no mundo. Queremos saudar o General, o Comandante bem como o Brigadeiro,
Comandante do 5º COMAR; tivemos a oportunidade de assistir à troca de comando.
Talvez, Comandante-General José Elito, foi uma das mais festivas, mais fortes
trocas de comando a que assistimos nos últimos tempos. Isso mostra bem a medida
do seu prestígio no Exército Brasileiro. Aqui estava o Ministro da Defesa,
nosso conterrâneo, Nelson Jobim, e o Comandante do Exército, além de Generais
de diferentes regiões do País, e também o Brigadeiro Cruz, do 5º COMAR; uma
solenidade extremamente importante.
Coronel Pedro Américo Leal, V. Sa, que
também é um dos grandes responsáveis por essa inter-relação que a Casa tem com
as Forças Armadas, sempre presente aqui conosco. Este é um momento importante.
E, Generais, Brigadeiros e Oficiais, quando fala a
Casa, quando o Vereador fala, quem fala é a Cidade, e quando o Vereador
agradece, quem agradece é a Cidade. Então, é a cidade de Porto Alegre que,
exatamente pelas comemorações do Dia do Soldado, pelas comemorações do
Exército, quer agradecer o que as Forças Armadas, o Exército, a Marinha e a
Aeronáutica representam para o nosso País.
Somos um País continental, e tenho dito nesta Casa
que as Forças Armadas, o Exército, a Aeronáutica e a Marinha têm que ter o tamanho
do Brasil, o tamanho deste País, País que tem amplas costas marinhas, que tem a
Amazônia com oito milhões de quilômetros quadrados. Essa riqueza, essa
biodiversidade precisa exatamente ter um Exército que se coloque à altura, à
dimensão do nosso País. Falar aqui do Exército de Caxias, dos homens de
Guararapes - ali nasce o Brasil, em Guararapes, e o Brasil nasce exatamente com
as Forças Armadas, quando daqui expulsávamos aqueles que queriam, por assim
dizer, ocupar o nosso País, o nosso Território.
Então, têm as Forças Armadas um crédito histórico
na defesa do nosso País e, conseqüentemente, do ponto de vista constitucional,
representam a defesa da soberania nacional, representam a defesa da legalidade,
enfim, são defensoras das instituições. E temos dito, reiteradamente: se queres
a paz, arma-te. Esse é um princípio secular. Fomos à guerra e voltamos na
defesa da democracia, na defesa da liberdade, ajudando o mundo democrático
contra os regimes totalitários. Estão aí as nossas Forças Armadas - o Exército,
a Marinha, a Aeronáutica -, cumprindo os seus mandamentos constitucionais nas
garantias e direitos individuais.
Portanto, quando homenageamos aqui o Exército, a
Marinha, a Aeronáutica, enfim, quando homenageamos o soldado brasileiro,
estamos reafirmando os nossos princípios assentados na liberdade e na
democracia.
Portanto, neste curto espaço de tempo, queremos,
mais uma vez, reiterar a convicção e a certeza de que o nosso País, de que as
Forças Armadas brasileiras, representadas pelas três Armas, representam e
representarão, guardiãs que são, a nossa própria soberania. E um País como o
nosso, cobiçado como é, todos sabemos, precisa estar permanentemente com as suas Forças
terrestres, aéreas e marinhas, de prontidão, no sentido de defender esta Pátria
comum, porque as Forças Armadas nada mais são senão a Nação fardada! Obrigado.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Anunciamos, como extensão de Mesa, a
presença do Coronel Renck, Presidente do Conselho Deliberativo do GBOEx.
O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações, por cedência de
tempo do Ver. Newton Braga Rosa.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) O atual Ministro de Estado da Defesa, o gaúcho Nelson Jobim, em
visita à Academia Militar de Agulhas Negras, em Resende, dirigiu importante
mensagem aos cadetes do Exército Brasileiro, o qual qualificou como parte
indispensável do sistema de defesa do País. Falando aos cadetes, o Ministro
apontou-lhes seu compromisso maior: dedicação exclusiva ao serviço da Pátria,
doação incondicional, ainda que com o sacrifício da própria vida. Disse-lhes,
ainda, que colocar o Brasil acima de tudo é compromisso que cada militar deve
assumir; compromisso esse que, ainda que tácito, deve estrugir no peito de todo
brasileiro. Refletindo sobre esses três pontos do pronunciamento do Ministro,
que destaquei do seu inteiro teor, posso reforçar algumas idéias que desde
sempre tenho assumido e defendido.
Primeiro,
amigo Cel. Agia Neto, que o Exercito Nacional é, sim, parte indispensável do
sistema de defesa do País, pois uma nação soberana como o Brasil não pode nem
deve depender da sorte ou de armas alheias para assegurar sua soberania e definir
seu destino. Nem pode nenhum país ficar à mercê de outros, especialmente
quando, por seus próprios méritos e atributos, está a despontar no cenário
internacional como potência econômica e social.
Segundo,
Gen. Pafiadache, que é de orgulhar qualquer brasileiro o compromisso dos nossos
soldados de se dedicarem exclusivamente ao serviço da Pátria, de modo
incondicional, ainda que isso lhes possa custar a vida. Não falo aqui de um
compromisso ideal ou virtual, mas de um compromisso real, exercitado na prática,
como tantas vezes, ao longo da história, e mesmo no tempo presente, tem sido
demonstrado.
Terceiro,
Cel. Siqueira, colocar o Brasil acima de tudo é um compromisso que não é
exclusivo dos militares, mas deve ser também de todo e qualquer cidadão brasileiro.
Nessa linha de pensamento, creio que o Sr. Ministro Jobim talvez poderia ter
ampliado a sua exortação aos cadetes, falando-lhes sobre a missão
constitucional do nosso Exército.
Pois,
Cel. Pedro Américo Leal, o art. 142 da nossa Constituição Federal diz
claramente que “as Forças Armadas se destinam à defesa da Pátria, à garantia
dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da
ordem”. Em tempos de paz externa para o Brasil, felizmente duradoura, adquire
enorme importância a contribuição do Exército para a paz interna.
Meu
caro, Cel. Cantagalo, passando os olhos pelo jornal Correio Militar do Sul,
edição de julho de 2007, que o senhor me entregou em mãos, pude comprovar a
realidade dessa contribuição, traduzida em ações aqui realizadas e que espelham
a esplêndida motivação de que estão imbuídos os nossos comandos e unidades
subordinadas, permanentemente prontos para emprego em missões de defesa
externa, de defesa da soberania em operações de garantia da lei e da ordem, particularmente
contra os crimes transnacionais.
A
homenagem que a Câmara Municipal de Porto Alegre hoje presta ao Comando Militar
do Sul pelo transcurso da Semana do Soldado, em boa hora sugerida pelo ilustre
Ver. José Ismael Heinen, a quem saúdo, é feita em nome do povo da Capital do
Estado, orgulhoso e agradecido pela sua ação e presença em favor da
estabilidade institucional. Quero, pois, em nome da Bancada do Partido
Progressista - a qual me honro de integrar com os ilustres Vereadores João Dib,
Newton Braga Rosa e o nosso sempre Vereador Cel. Pedro Américo Leal, toda a
Bancada aqui presente -, cumprimentar o General-de-Exército José Elito Carvalho
Siqueira, Comandante Militar do Sul, pela passagem da Semana do Soldado,
pedindo-lhe que faça chegar a cada um dos integrantes sob o seu comando a nossa
manifestação de orgulho e de respeito à elite do combate convencional que
constituem.
Quero
também, Cel. José Elito, dar-lhe as boas-vindas ao Rio Grande do Sul, à nossa
querida Capital, e convidá-lo para, no dia 25 de setembro, neste plenário, às
19h, participar do ato solene de entrega da Comenda Pedro Weingartner ao
Coronel de Cavalaria R1 Pedro Paulo Cantalice Estigarríbia, que é o artista
plástico que está retratando a história do Brasil e do Exército. Esse convite é
extensivo a todos os seus comandados e aos aqui presentes.
Parabéns
por esta Semana, e que Deus continue abençoando o Exército e o Brasil. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do
Ver. Professor Garcia.
O
SR. ERVINO BESSON: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) Primeiramente, quero agradecer, de forma muito
fraterna e cordial, ao estimado colega Carlos Alberto Garcia que cedeu seu
tempo para que eu falasse, no dia de hoje, em homenagem ao nosso Exército.
Quero parabenizar o Ver. José Ismael, que é militar, e cada vez que a gente
conversa e que ele fala das Forças Armadas, da sua história como militar, ele
se emociona. É um homem que ama a Pátria, um homem que defende a história do
nosso Exército, sempre lembra com muita convicção, alegria e amor à Pátria, não
só do Exército, mas também da nossa Aeronáutica, da nossa Marinha, enfim, das
nossas Forças Armadas. Quero também saudar o Coronel Siqueira e o Coronel
Cantagalo.
Meu caro e sempre Vereador desta Casa, Pedro Américo Leal, cada vez que V. Exª entra neste plenário, os Vereadores e Vereadoras o recebem com muita alegria, pelo carinho, pela amizade, pelo reconhecimento a este homem que foi Deputado, Vereador, várias vezes, e deixou aqui uma passagem muito nobre, muito marcante como político e como militar exemplar.
Quando tocaram o Hino Nacional, minha cara Presidenta - que isso sirva até de alerta para nós Vereadores e Vereadoras -, vocês viram o amor à Pátria, o preparo dos nossos militares? Eu quero dizer para vocês, meus caro militares, que, na minha época de primário, no colégio do Interior, nas brisoletas - eu falo nelas, porque eu estudei numa daquelas escolinhas -, no início de cada turno, Ver. Elói Guimarães, era tocado o Hino Nacional - isso estava no currículo escolar. Dificilmente, hoje, uma escola ainda pratica isso. Acho que a execução do Hino Nacional, a demonstração de amor à nossa Pátria, deveria ser uma obrigação em todas as escolas, para que o nosso jovem se prepare, desde pequeno, a amar a nossa Pátria. Ele aprende no toque, no canto, ouvindo o Hino Nacional. E quando se viu hoje os militares cantando o Hino Nacional de forma clara, amando a Bandeira, a sua Pátria, eu me lembrei de alguns fatos a que assisti pela televisão - isso não deve ser considerado uma critica, mas um alerta. Vamos citar a Copa do Mundo: nossos queridos atletas vão representar o nosso País e, na hora do Hino, poucos sabem cantá-lo. Perdoem-me meus queridos atletas que dão tanta alegria ao nosso povo sofrido, não recebam isso como uma crítica, mas, sim, como um alerta. Eu sei que alguns repórteres gostariam de gravar a voz de um jogador, cantando o Hino Nacional, mas poucos atletas sabem fazê-lo, e, naquele momento, milhões e milhões de brasileiros e pessoas de outros países estão assistindo a isso. Então, é uma coisa meio constrangedora, porque poucos sabem cantar o Hino Nacional. Que isso sirva também para outros segmentos. O que nós vimos hoje, aqui, nesta brilhante homenagem ao nosso Exército, sirva de exemplo e de alerta.
Meu
caro Ver. José Ismael, V. Exª traz isso no sangue pela sua história como
militar, e um belo militar. Portanto, em nome da bancada do PDT, fica aqui a
nossa saudação, meus caros Comandantes, a nossa gratidão, o nosso abraço, o
nosso reconhecimento por tudo que vocês representam para a nossa Nação, esta
nossa Pátria, esta Bandeira que nós amamos tanto, e o Hino que vocês cantaram
há pouco, está marcado no fundo da alma de cada um de nós.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O General-de-Exército José Elito Carvalho de Siqueira, Comandante Militar do
Sul, está com a palavra.
O
SR. JOSÉ ELITO CARVALHO DE SIQUEIRA:
Exma Srª Presidenta da Câmara Municipal, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) As minhas
primeiras palavras são de profundo agradecimento, não como General Comandante
Militar do Sul, mas como a mais alta autoridade que representa uma única
instituição que se chama Exército Brasileiro, porque não há dúvida de que é o
Exército que merece esta homenagem e não pessoas. Esta homenagem é a uma
instituição de mais de 350 anos, e nesta semana, particularmente no dia 25, os
200 mil homens do Exército veneram o seu patrono, da Amazônia ao Rio Grande do
Sul, de Leste a Oeste.
Essa
imagem de comemoração é realmente uma situação absolutamente especial, porque
quando veneramos o Duque de Caxias, como todos o conhecemos - e aqui os nossos
Vereadores fizeram essas referências também -, quando analisamos a vida do
Caxias, vemos que, talvez, o Caxias tenha sido muito mais importante como
cidadão civil do que como cidadão militar.
Se
as senhoras e os senhores retornarem o pensamento para o ano de 1850, quando
Caxias estava na sua atividade plena, eu diria que, não fosse a atuação dele -
por isso é que ele se chama pacificador -, nós talvez tivéssemos hoje vários
“brasis”, desde o Farroupilha, desde a Balaiada, desde os Mascates, desde a
Revolução de São Paulo. Os senhores imaginem sair do Maranhão e chegar ao Rio
Grande do Sul, em 1850! Quando esteve na Cisplatina, Caxias tinha mais de 60
anos de idade, e foi chamado pelo Imperador para ser o Comandante das Forças! E
não tenham dúvida, se os senhores - e falou-se aqui no Estigarríbia, com grata
lembrança - forem ver as imagens da época, os senhores vão ver uma imagem que é
real do Exército Brasileiro ao longo da sua história.
O
Exército Brasileiro nunca foi desagregador; o Exército Brasileiro, em tudo o
que fez - e o Caxias é o seu maior exemplo -, foi absolutamente agregador.
Existem quadros históricos, inclusive da independência na Bahia, em 2 de julho
de 1823, e outros onde as senhoras e os senhores podem ver o Caxias e outros
membros daquela época do Exército entrando nas cidades, e toda a população na
cidade festejando a união dos brasileiros.
Então,
eu gostaria de destacar, nesta homenagem ao Exército e a Caxias, esse exemplo
de absoluto cidadão que criou ou fixou a unidade nacional. Eu não tenho dúvida
de que, ao longo da história ou dos anos, Caxias, cada vez mais, será lembrado
como grande colonizador ou integrador, melhor dizendo, deste nosso imenso País;
não tenho dúvida disso. Ninguém mais do que ele esteve neste vasto território
resolvendo os problemas, mas, acima de tudo, integrando o nosso povo. É nesse
foco que eu gostaria de destacar a imagem de nosso querido e sempre lembrado
Duque de Caxias.
Eu
gostaria também de aproveitar a oportunidade para, homenageados que estamos
sendo por todos os senhores, destacar que todos nós, antes de sermos soldados,
somos cidadãos. Então, senhores e senhoras, não precisamos vestir farda para
sermos grandes brasileiros ou defensores da Pátria. Todos somos defensores da Pátria.
Nós somos responsáveis em executar uma ordem do comandante supremo, em
defendê-la, mas todos somos defensores da Pátria. Nesse foco, eu gostaria que
todos nós aqui nos irmanássemos nesta homenagem, não ao Duque de Caxias ou ao
Mal. Luiz Alves de Lima e Silva, mas a um grande brasileiro.
Eu
gostaria, finalmente, de destacar e agradecer a iniciativa do nosso Ver.
Ismael, de cujo valor militar todos aqui falaram, mas eu não tenho dúvida de
que, se não fosse ele um bom cidadão, jamais seria um bom militar. E a razão de
sucesso, se há, do Exército brasileiro, é justamente a valorização dos seus
recursos humanos. Comandei, por exemplo, uma Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé, no
meio da Amazônia - o lugar mais perto era a 500 km, pela selva -, e lá, como
aqui, todos têm o mesmo pensamento e os mesmos valores: de patriotismo, de
responsabilidade, de amizade, de camaradagem, de culto aos nossos valores, às
nossas tradições, como o nosso povo gaúcho tem tantas positivas tradições.
Então, que nos irmanemos, nesta justíssima
homenagem ao cidadão Caxias, e recebam de todos nós: Exército, Marinha e
Aeronáutica, aqui presentes, o nosso mais profundo muito obrigado por esta
demonstração que sabemos é espontânea e de brasileiros para brasileiros: os que
vestem farda, e os que não vestem farda. Muito obrigado, mais uma vez, a todos.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Neste momento,
convidamos todos e todas para cantar a Canção do Exército. Após, o Hino
Rio-Grandense, interpretado pela Banda do 3º Batalhão da Polícia do Exército,
regida pelo Mestre de Banda, o Subtenente Meireles.
(Executa-se a Canção do Exército e o Hino
Rio-Grandense.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Agradecemos,
então, a presença dos senhores e das senhoras, e damos por encerrado este
momento de homenagem. Suspendo a Sessão para as despedidas.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 16h03min): Estão reabertos os trabalhos.
Por
orientação da Diretoria Legislativa, terminaremos o período de Comunicações,
depois retornaremos ao Grande Expediente.
O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em Comunicações, por cedência de
tempo da Verª Maristela Maffei.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
pessoas que assistem ao Canal 16, eu venho aqui hoje fazer uma manifestação,
porque participo, desde às 10 horas da manhã, de um ato público organizado pelo
Semapi, que é o Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento e de várias
outras organizações, como Emater, FASE, Corag, enfim, várias entidades, porque
a Governadora Yeda e o Secretário Machado - PSDB/PP - estão promovendo um
desmonte das empresas públicas, em especial da nossa Emater. Está sendo
anunciada a demissão de 300 profissionais da Emater, ou pelo menos está sendo
anunciada a intenção de demitir 300 funcionários de uma instituição que tem 52
anos e que tem prestado os mais relevantes serviços ao povo gaúcho, em especial
aos pequenos agricultores, mas também às populações excluídas, que antes nunca
tiveram lugar neste País, como os índios, como os sem-terra, como os
pescadores, como os quilombolas, e outros. Também aí, junto, estão as
extensionistas, aquelas senhoras que têm preparação técnica e conseguem apoiar
as donas-de-casa no fortalecimento da economia doméstica, nos afazeres, no
artesanato, na organização do lar, na difusão e no desenvolvimento da cultura.
Ver.
Brasinha, eu coloco o desafio a V. Exª, que fez campanha para a Governadora
Yeda, e aos membros do PSDB desta Casa, para que venham, de público, sustentar
esse debate de desmonte de uma das instituições mais caras ao Rio Grande.
E
não é só a demissão de 300 funcionários, porque aí estão aqueles que têm
experiência, que têm acúmulo, que têm inteligência, Dr. Goulart, e que, durante
25, 30 anos, trabalharam pela extensão, pela ciência e tecnologia, no apoio à
extensão e à assistência técnica. Inclusive, a Emater é uma empresa de natureza
privada, mas ela funciona, em 80% dos casos, com as subvenções do Governo,
porque é ela quem faz a aplicação dos recursos, dos programas estaduais, dos
programas federais ou das instituições bancárias para o apoio à agricultura, em
especial à agricultura familiar e às populações excluídas.
Como
eu dizia, não é só a ameaça de demissão e o anúncio de que serão demitidos 300
funcionários, mas é, sobretudo, o corte de dinheiro para a agricultura do Rio
Grande, que tem 40%, Dr. Goulart, Ver. Adeli, da economia baseada no
agronegócio, na agricultura familiar, na base para a pequena indústria, na
matéria-prima, que fez a pujança da região serrana, que fez a pujança do Alto
Uruguai, que fez a pujança de Santa Maria, que foi base para Pelotas, que foi
base para o desenvolvimento de todas as regiões. Agora está sendo atacada, está
sendo ameaçada com uma política direcionada para a destruição desse importante
e fundamental instrumento do povo gaúcho.
E o mais grave, Ver. Marcelo, é que, durante a
campanha, a Deputada, hoje Governadora Yeda Crusius, fez uma carta dizendo que
ninguém ia partidarizar a Emater, dizendo que não havia ameaças de demissões,
dizendo que a extensão rural ia ser fortalecida. E o que se vê? Está aí o
resultado, Brasinha, o senhor que fazia campanha para a Governadora Yeda, o
senhor que andava com o caminhão, bradando pela Cidade... Agora se vê a
destruição, o ataque aos agricultores.
Sabe a quantas famílias a Emater atende? São
duzentas e cinqüenta mil famílias no Rio Grande do Sul, que agora estão
ameaçadas por essa política nefasta, que é a mesma política de Antonio Britto,
a mesma política de Fernando Henrique, a mesma política de venda do Banrisul,
da entrega da Corsan, da CEEE e de desmonte da estrutura pública do Estado!
Portanto, agradeço muito à Verª Maristela Maffei, e
ao nosso Líder Adeli Sell que me cederam este tempo para que eu pudesse fazer
aqui uma manifestação, como membro que sou da Emater, testemunha e partícipe do
excelente, fundamental e imprescindível trabalho que é prestado ao Rio Grande
do Sul. Também corrobora estas palavras - me pediu e me autorizou que eu
falasse - o Presidente da FAMURS, o Sr. Flávio, que é Presidente dessa
importante entidade que congrega os Municípios do Rio Grande do Sul. Dizia ele
a mim: “A Emater é uma entidade, uma instituição imprescindível para o Rio
Grande”.
Portanto, fica aqui o registro e o alerta. Até o
Ver. João Dib, que é membro do PP, também companheiro do Secretário da
Agricultura, que é um dos articuladores nessa ação. Que não aconteça isso,
porque é muito ruim para o Rio Grande o desmonte dessa instituição. Obrigado
pela atenção de todos.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Mario
Fraga está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Nereu
D’Avila.
O SR. MARIO FRAGA: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
público que nos assiste pela TVCâmara, público presente na nossa Casa, como não
pude me manifestar anteriormente na homenagem ao Dia do Soldado, o faço neste
momento, dando os meus parabéns ao Ver. José Ismael Heinen, que conhecemos
nesta Legislatura. O seu comportamento de militar tem feito muito bem para mim,
já que sou seu colega, quase vizinho. Para mim, é satisfatório ter a presença
do Ver. José Ismael Heinen como meu colega nesta casa. Então, dou os parabéns
ao Ver. José Ismael Heinen.
Infelizmente, Ver. Márcio
Bins Ely, tenho que falar sobre uma coisa que acontece na nossa Cidade, no
nosso Estado, mais precisamente na nossa região. Sou obrigado a falar, Ver.
Ervino: a nossa Associação Jardim Vila Nova, dentro da Vila Nova, foi assaltada
neste domingo, pela segunda vez! Pela segunda vez no mês de agosto, Vereador!
Neste ano, cinco vezes, Ver. Ervino. Por isso, trago este assunto à tribuna no
período de Comunicações, porque temos que apelar neste momento para ver se a Segurança
Pública consegue fazer alguma coisa.
Às vezes, quando venho
para cá para criticar a Segurança Pública, fico preocupadíssimo, porque onde é
que está a solução? Nós mesmos não temos a solução em si. Até estava falando
com os colegas, Ver. Marcelo Danéris, no sentido de que o PAC da Segurança que
o Tarso Genro está propondo, está trazendo para o nosso Estado, acho que, sendo
do Governo Federal, vai ajudar alguma coisa.
Mas venho fazer este
alerta sobre a nossa Associação, Vereador. Nós dois, Vereador, fazemos parte
daquela comunidade da Vila Nova e do Jardim Vila Nova, que este ano, pela
quinta vez, teve a Associação arrombada. E cada vez que lá arrombam, a porta
central é totalmente detonada; fora os materiais que levam.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mario Fraga, quero me juntar ao
pronunciamento de V. Exª e dizer que o seu irmão, Elton Fraga, faz um relevante
trabalho junto àquela Associação, que é da comunidade. E nós também convivemos
com esse drama, com esse martírio que a população está vivendo com os assaltos.
E digo mais, Vereador: outro problema que está acontecendo nesta Cidade é o
roubo de fios. Para que V. Exª saiba, só na Av. Eduardo Prado com a Juca Batista, todas as semanas,
grande parte daquelas famílias ficam sem luz, porque roubam os fios. Mas, onde
vão parar esses fios, pelo amor de Deus?! Secretaria de Segurança, nosso
querido Secretário Mallmann, seu Secretário-Adjunto, meus grandes amigos, nós
temos que bater nessas casas que vendem esses fios, porque são produto de
roubos. O receptador é pior do que aquele que rouba! Temos que botar essa gente
no fundo da cadeia, e fechar essas empresas. Não é possível o que anda
acontecendo nesta cidade! Saúdo V. Exª pelo seu pronunciamento.
O
SR. MARIO FRAGA: Obrigado,
Vereador, e concordo plenamente no que diz respeito aos fios.
O
Ver. Todeschini fala no Maurício; eu já falei uma vez com o Secretário
Maurício, até o PTB ficou me olhando, e hoje eu volto a frisar: o Secretário
Maurício, Ver. João Antonio Dib - conhece esta cidade como a palma da sua mão
-, asfaltou todo o nosso Centro, toda a nossa volta, principalmente a Loureiro
da Silva. Eu, que freqüento esta Casa desde 1989, nunca vi a Av. Loureiro da
Silva como está hoje. Então, a gente também tem que fazer os elogios quando é
necessário ao Secretário, o Ver. Maurício Dziendricki. Eu volto a afirmar,
porque, quando é enterrado o cano ou quando é feito o asfalto, às vezes as
obras não aparecem.
Para
concluir, Ver. João Antonio Dib, quanto ao PSF, há pessoas para quem quanto
pior é melhor. A Prefeitura fez tudo para resolver o assunto, hoje. Aí, eles
chamaram as pessoas para não aceitarem o contrato, chamaram os médicos para não
aceitarem o contrato, chamaram as pessoas, que já tinham cumprido o aviso
prévio, para não assinarem o novo contrato, Ver. Brasinha. Quanto pior, melhor,
Ver. Nilo Santos, que tem nos ajudado muito nesta Casa. Então, é só mais um
alerta para quem está nos assistindo, para quem está nos escutando: há pessoas,
ainda, na nossa comunidade, que acham que quanto pior melhor! Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Marcelo Danéris está com a palavra em Comunicações.
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Srª
Presidenta da Câmara de Vereadores, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, público que nos acompanha pela TVCâmara, quero responder ao Ver.
Mario Fraga que há pessoas que acham que quanto pior melhor. Concordo com ele,
Vereador. Eu estou suspeitando de que, numa dessas, seja o próprio Prefeito
Fogaça, porque é impressionante o que acontece na Saúde. Parece que quanto pior
melhor para o Governo, porque nós criticávamos e denunciávamos a situação
caótica que vivia a Saúde de Porto Alegre, com problema de gestão, de
financiamento e de investimento. O antigo Secretário Pedro Gus tinha, lá na
Secretaria, um problema de autoridade política de administração, visto que o
próprio Prefeito Fogaça desautorizava o Secretário Municipal constantemente.
Nós dissemos aqui, e alertamos o próprio Secretário, na época, o Dr. Pedro Gus,
que isso acontecia. O Dr. Pedro Gus achou que era uma piada o que eu estava
falando. Uma semana depois, o Vice-Prefeito era escolhido Secretário Municipal
de Saúde. Melhorou? Ou parece que quanto pior melhor? Não. Duas semanas depois,
o Secretário Eliseu Santos consegue fazer a chamada - não governança - lambança
na saúde em Porto Alegre. Põe lambança em cima disso! O problema é o seguinte:
quem paga o pato dessa história toda, Ver. Mario Fraga, é a população de Porto Alegre.
É a população de Porto Alegre, porque quando se envolveu numa confusão com a
FAURGS, sem ter saída e alternativa, deixou que a FAURGS jogasse para a rua
um aviso prévio de 30 dias, e aí saiu correndo para tentar resolver
o problema, achou outro, que é esse Instituto Sollus. E não é a Bancada do PT
que está dizendo que esse Instituto tem problemas; é o Ministério Público, é o
Tribunal de Contas do Estado, Ver. Mario Fraga. Não foi Bancada do PT que
mandou anular o contrato; quem mandou suspender o contrato foi o Tribunal de
Contas do Estado. Não é a Bancada do PT. Não é a Bancada do PT que está na
Secretaria Municipal da Saúde; ao contrário, nós alertamos antes que o contrato
fosse assinado. E isso é querer o pior? Não. Se nós fiscalizamos e alertamos
antes que o erro seja feito, não pode ser por querer o pior. Querer o pior é o
seguinte: deixa acontecer e depois vem só para festejar. Nós não fizemos isso.
Desde o primeiro momento, o Ver. Aldacir Oliboni avisou: tem problemas o
Instituto Sollus; tem problemas. Mesmo assim insistiu-se no erro; disse o
Secretário da Governança Solidária, da Governança Fogaça, o Secretário Cézar
Busatto, eu diria que num gesto até exagerado: “Nos dêem um voto de confiança!”
E o voto de confiança está aqui, no Diário Gaúcho de hoje, é que a população
pode ficar sem atendimento na Campanha de Vacinação, sábado. (Mostra cópia do
jornal.) Hoje é quinta-feira, Ver. João Antonio Dib. A pergunta é: qual é o
papel do Legislativo Municipal diante da situação, já que faltam menos de 48
horas para o início da Campanha de Vacinação e não há os profissionais? Por
quê? O Diário Gaúcho diz o seguinte: (Lê.) “Reunidos ontem, em assembléia, os
servidores dos PSFs decidiram que não vão atuar na Campanha de Vacinação Contra
a Poliomielite”.
Eu
acho isto uma barbaridade - como diz o Ver. Mario Fraga -, o que a Governança
Fogaça faz, e a que submete a população de Porto Alegre diante de uma campanha
tão importante. Tem que ter uma reação do Legislativo para garantir a atenção à
saúde da população.
Eu
ouvi, aqui, atentamente, o Ver. Elói Guimarães dizer, Ver. Adeli Sell, na
Sessão em que estava aqui o Secretário, que de 54 Programas Saúde da Família,
Ver. Dr. Goulart, a Prefeitura tinha passado para 84 Programas Saúde da
Família. Fiquei em silêncio, respeitosamente, e fui atrás dos números. Eu vou
mostrar aqui a prestação de contas de 2005. Não venham me dizer que isto é do
PT. Isto é prestação de contas de 2005, do Governo Fogaça. (Mostra a prestação
de contas.) Vou ler, pois não vão acreditar em mim. (Lê.) “No início de 2005
havia 74 equipes no Programa Saúde da Família. Ao final do ano, a Cidade já
contava com 82 equipes de Saúde da Família”, que são as mesmas hoje. Portanto,
teria aumentado oito nesses três anos. Isto não é o PT que diz!
Para
não dizerem que talvez eu esteja errando, eu peguei o Anuário Estatístico da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que também é produzido pela Governança
Fogaça. (Mostra o Anuário.) Aqui vem, desde 1998 até 2005, o número de equipes
do Programa Saúde da Família. Qual é a surpresa? (Lê) “2004, 84 equipes do
Programa Saúde da Família; 2005, 82; 2006, 82; 2007, 82”. Há um problema com
números nesta Prefeitura, e nós já tínhamos falado isso, Ver. Guilherme
Barbosa. Mas quando os problemas com números afetam diretamente a vida das
pessoas e a Saúde de Porto Alegre, isso diz respeito à Câmara de Vereadores, e
isso precisa de uma ação do Legislativo Municipal. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR.
MARIO FRAGA: Srª Presidente, Verª
Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, volto a esta
tribuna para debater mais um pouco a respeito do Programa de Saúde da Família.
Fico muito triste quando o Ver. Marcelo Danéris fala do problema dos números; o problema dos números ficou em 31 de dezembro de 2004, quando o Governo Fogaça, junto com o Governo do PDT, assumiu a Prefeitura. Aí, sim, havia problema nos números que a gente não sabia: números negativos, supernegativos, Ver. Ervino Besson. Esses são problemas de números.
Agora,
veja V. Exª, Ver. Ervino Besson, os agentes da saúde estão se negando a
trabalhar no sábado, na campanha de vacinação.
(Aparte
anti-regimental do Ver. Aldacir Oliboni.)
O SR.
MARIO FRAGA: O senhor quer
debater, Ver. Oliboni? O senhor acha que eles estão certos, então? Por que eles
estão sem o contrato e não vão receber nada, eles não podem trabalhar? Eles
podem trabalhar, se quiserem; até V. Exª ou eu podemos trabalhar na campanha de
vacinação, há muitos que podem trabalhar, mas os agentes estão se negando. Foi
o Ver. Marcelo Danéris que falou. E outra: o Sindicato dos Médicos, o SIMERS,
chama os médicos e diz para não assinarem o contrato.
A
Sollus já está instalada em Porto Alegre, já está fazendo os contratos, está
exigindo os documentos, e o Ver. Guilherme, que já foi Diretor-Geral do DMAE,
engenheiro e funcionário da CEEE, sabe que para ser contratado é preciso
apresentar os documentos. As pessoas estão reclamando que têm que apresentar o
título de eleitor, os comprovantes de residência - uma coisa lógica! As pessoas
estão dizendo que é para colocar empecilhos. O Governo fez todo o possível para
não prejudicar esses funcionários - e alguns Vereadores hão de concordar comigo, Ver. Brasinha,
que é um privilégio; terminou o contrato, terminou. Contratem-se novos, que
queiram trabalhar. São 731, 735 que poderiam ser contratados novos. Terminou o
contrato com a FAURGS, e, agora, num gesto de demonstração de boa vontade do
Governo Municipal, nós queremos contratar todos os 735; e alguns ficam fazendo
charminho porque está sendo colocado nas suas cabeças, por outras pessoas, para
não fazerem isso. Enquanto que outros, que estavam aqui, que são os
funcionários agentes, que recebem R$700,00 por mês para sustentar suas
famílias, às vezes com dois ou três filhos, Ver. Brasinha, estão loucos para
assinar o contrato, estão loucos para trabalhar e para fazer a campanha de
vacinação.
Como falei, anteriormente, tem gente que gosta de
quanto pior melhor; mas, aos poucos, vamos indo.
E para quem me escuta e me ouve, nós também somos
parceiros do PT em nível federal. Nós, do PDT, que temos o Ministro do
Trabalho, e temos como bandeira a Educação e o trabalho - bandeira de Leonel
Brizola e Getúlio Vargas, nós também estamos lá. Num outro momento, eu fiz um
elogio ao PAC da Segurança, que talvez, Ver. Brasinha, seja alguma coisa que
funcione, talvez seja um incentivo a esses militares que também ganham pouco -
e não é por culpa do Sr. José Fogaça. O salário dos militares, dos brigadianos,
da Polícia Civil não é culpa do Fogaça.
Então, em Comunicação de Líder do PDT, como
Vice-Líder do PDT, Vice-Líder do Governo, ficamos muito tristes que existam
muitas pessoas impedindo outras pessoas de assinarem contrato para trabalhar.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Retornamos ao
Período de Grande Expediente.
O Ver.
Alceu Brasinha está com a palavra em Grande Expediente, por transposição de
tempo com o Ver. Aldacir Oliboni.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
pois bem, eu queria dar uma sugestão à Líder do Governo, Verª Clênia Maranhão -
agora que o Prefeito José Fogaça completou mil dias na Prefeitura da Cidade -, para
que nós convidássemos os Vereadores da oposição para fazer um tour pela
Cidade, para mostrarmos onde é que estão sendo feitas as obras! Eles não
enxergam, eles não conseguem enxergar! Há obra por todos os cantos da Cidade, e
eles só sabem dizer que não está sendo feito nada!
Prefeito Fogaça, o senhor não está fazendo nada? O
senhor está fazendo muito pela Cidade, sim, senhor! O senhor está fazendo
muito! Eu acho que está na hora de convidarmos os Vereadores da oposição e os
levarmos para ver onde é que estão sendo feitas todas as obras! E mostrar para
os Vereadores Carlos Comassetto, Marcelo Danéris, Guilherme Barbosa, Adeli
Sell, e para o Aldacir Oliboni! Vamos mostrar! Porque não há condições, estão
sempre atacando, dizendo que o Prefeito Fogaça não faz nada; que o Secretário
Maurício não faz nada! O que é isso, meus irmãos? Nós temos de colocar a mão na
consciência, porque assim não dá! É verdade, Ver. Carlos Comassetto, V. Exª é o
primeiro a atacar! Eu acho que, quando o PT governava o Município de Porto
Alegre, havia vários problemas na Cidade, era cheia de “buraco participativo”,
por isso que ninguém vinha falar aqui! E agora? Agora só sabem dizer que a
Cidade está ruim, que está esburacada, que não tem obra; mas tem muita obra,
sim, senhor, tem muita obra!
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Brasinha, agradeço-lhe pelo
aparte. Quero dizer que, em nome do nosso Líder, Ver. Adeli Sell, nós aceitamos
esse desafio e gostaríamos que V. Exª já enumerasse cinco obras de grande porte
em Porto Alegre para nós lhe ajudarmos a construir esse calendário.
O SR. ALCEU BRASINHA: Mas, meu
amigo, nós temos muito mais do que cinco obras de grande porte! Por exemplo,
terminamos a Perimetral, que vocês fizeram a dívida e não pagaram! Nós é que
estamos pagando! O viaduto Leonel Brizola, o viaduto de Teresópolis, quem fez?
O Prefeito José Fogaça! Enfim, eu acho que vocês, os Vereadores da oposição,
têm de se acalmar um pouco, porque não é assim, atacando, que vamos resolver;
nós temos é de trabalhar pela Cidade e não dificultar para as pessoas!
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, eu tenho o maior respeito
por todos os Vereadores, e eu tenho um carinho muito especial pelo Ver. Aldacir
Oliboni. Mas estranho quando o Ver. Aldacir Oliboni ocupa esse microfone e
critica o Governo desta Cidade com tanta raiva. É algo que não consigo
entender, até pela história do Ver. Aldacir Oliboni! Eu só quero lembrar o Ver.
Aldacir Oliboni, que parece esquecer muito rápido das coisas, que o primeiro
escalão do Governo Federal está envolvido nessa falcatrua que será apurada - eu
ainda confio no Supremo Tribunal
Federal. Mas eu quero lembrar o Ver. Oliboni, que talvez, tenha esquecido
daquela compra dos incineradores de lixo da empresa SPA, bem como do problema
com o Clube da Cidadania. Eu só quero lembrar ao meu amigo Oliboni, quando ele
vier criticar, com tanta raiva, com tanto ódio, que ele não esqueça desses
episódios.
O SR. ALCEU BRASINHA: É verdade, Ver. Ervino. A gente tem que
trazer algumas coisas do passado, para que eles lembrem do que aconteceu.
O Sr. Aldacir Oliboni: V. Exª permite um aparte?
O SR. ALCEU BRASINHA: Tenha a bondade, Ver. Oliboni.
O Sr. Aldacir Oliboni: Ver. Brasinha, agradeço pelo espaço que
me dá para ter a oportunidade de responder ao Besson. Veja, Vossa Excelência: o
Governo Municipal de Porto Alegre, o qual V. Exª está elogiando, e que,
possivelmente, faça algumas coisas importantes para a Cidade, está deixando a
desejar no tocante a coisas muito avançadas que foram feitas no nosso Governo.
Com relação aos PSFs, é o Ministério Público que está dizendo que esse contrato
não tem validade, e que 731 trabalhadores da Saúde foram demitidos - não fui eu
que disse isso. Por que o Governo não fez um contrato emergencial para resolver
o problema? Não; preferiu contratar uma empresa de fora. Uma empresa cujo DNA
nós não temos, Brasinha.
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Ver. Oliboni. Eu acho que o
senhor é o maior fã da Sollus, porque toda hora o senhor está falando sobre
ela. Então, eu acho que nós temos que fazer uma Comissão e ir lá, em São Paulo,
mostrar a estrutura da Sollus para esse homem!
O Sr. Mario Fraga: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Brasinha, continue com o seu belo discurso, porque é lógico
que a oposição não vai concordar conosco. Mas uma coisa também é certa: talvez,
por ter buscado a Sollus em São Paulo, alguém possa ficar preocupado, porque já
saíram muitas coisas de São Paulo, Dr. Goulart. Os Vereadores cobraram sobre as
obras da Cidade, e eu queria falar sobre uma obra bem simples que o nosso
Secretário João Bosco Vaz e o Fogaça fizeram: colocaram iluminação para nós
jogarmos futebol durante a semana no Parque Marinha - uma coisa que a gente
esperava há 16 anos, e nunca saiu - e no Parque da Redenção. Hoje, nós jogamos
futebol à noite, em qualquer dia, sem pagar um tostão. Foram duas obras bem
simples, mas, para os meus amigos, muito importantes.
O SR. ALCEU BRASINHA: É verdade, Ver. Mario Fraga. Bem
lembrado.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte?
O SR. ALCEU BRASINHA: Tenha a bondade, Vereador.
O Sr. João Antonio Dib: Ver. Brasinha, eu acreditava muito no
Ver. Aldacir Oliboni, mas ele me trouxe o contrato e, noutro dia, ele estava
acusando que a OSCIP/Sollus eram duas empresas que tinham o mesmo Presidente, o
mesmo Tesoureiro, o mesmo endereço. Ele não sabia ler. OSCIP/Sollus é uma coisa
só: Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - Instituto Sollus, e
eu fiquei sabendo que o Ver. Oliboni estava mal informado. Então, já não me
incomodo mais.
O
SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado,
Ver. João Dib. Agora, eu tenho que cumprir aqui o meu trabalho, porque eu tenho
que mostrar o que está sendo feito na Cidade: 966 dias de Governo Fogaça, com o
qual estou muito feliz. O Governo está fazendo muito pela Cidade, fazendo muito
pela classe pobre, meu amigo. Como que não está fazendo? Está fazendo, sim,
senhor. Quero dizer também aqui, que o Fogaça está fazendo muito pela Cidade.
Meus amigos, lá em 1998, também era o Governo do PT que administrava o Rio
Grande; fez aquele projeto da ponte de Alvorada, que não previa a duplicação, e
simplesmente parou. Começou a obra em 20 de março de 2002, e terminou em março
de 2005. Levaram três anos para fazer a obra, só que eles dizem que a obra não
foi no Governo dele; claro que não foi no Governo de vocês, foi no Governo
Rigotto! Mas o grande problema é que vocês também têm parte lá, porque lá do
outro lado, da Alvorada, também tinha a Prefeita Estela Farias, que não fazia
pressão; ela tinha que fazer pressão também.
Agora,
meus amigos, vem a Linha Rápida; a Governadora Yeda está há 236 dias no Governo
do Estado, e por mais querida que ela seja, deixou por muito tempo paradas as
obras da Baltazar. Não vou defendê-la, mas também quero dar-lhe razão, porque
não foi obra dela. Quem abriu toda a Baltazar foi o Governador Rigotto, mas o
PT também teve participação, já que era um projeto do PT também; não foi só da
Yeda, nem só do Rigotto. Mas tem muita gente dizendo que o Prefeito Fogaça tem
a ver com a Baltazar, mas o Prefeito Fogaça tem feito muito pela Baltazar,
muito! O Prefeito tem mantido o asfalto, está tirando os buracos; está fazendo
a sinalização; os “azuizinhos” estão com uma participação incrível aqui em
Porto Alegre, e tudo na administração do Fogaça, meu amigo! E ainda tem gente
que vem falar do Fogaça? Cá para nós, minha gente, temos que começar a
melhorar, não só falar; nós temos que mostrar as coisas que o Prefeito faz.
Eu
nunca fui de atacar ninguém, mas é que está demais! No próximo dia 1º, a
Governadora recomeçará as obras - será num sábado -, e quero vê-la lá, ligando
as máquinas. Também estarei lá, e gostaria de estar junto com os colegas
Vereadores - Dr; Goulart, Todeschini, Mario Fraga, Nilo Santos -, para cobrar,
porque meu querido amigo Ver. Adeli, também queremos cobrar. Eu também quero
ver a Baltazar funcionando, gente! Não tem mais condições! Está terrível!
Imagina, começando dia 1º, leva mais um ano para terminar! E aí?
O
Sr. Carlos Todeschini: Conceda-me
um aparte, Vereador.
O
SR. ALCEU BRASINHA: O
senhor está necessitando tanto de um aparte, tenha a bondade!
O
Sr. Carlos Todeschini:
Ver. Brasinha, o Município tem, sim, a ver com a Baltazar. Quando fui Diretor
do DMAE, nós fizemos um investimento da Prefeitura, através do DMAE, de dois
milhões e meio de reais, para implantar as adutoras de água, foi a
contrapartida. Agora, o Município não pode se furtar, porque ele é o
licenciador da obra. E quero que o senhor me enumere as cinco obras iniciadas
no Governo Fogaça.
O
SR. ALCEU BRASINHA: Mas,
meu amigo, estamos pagando o que vocês deixaram! Vocês vão reclamar? Por que,
meu amigo?
O
Sr. Dr. Goulart: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Brasinha, como Líder da Bancada,
quero parabenizar as suas palavras, e dizer que o senhor está sendo um
verdadeiro paladino em defesa do Governo. Continue seu discurso!
O
SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado,
Vereador. Ver. Dib, obrigado por tudo. Desculpem-me os companheiros, mas tem
momentos que não dá para agüentar! Tenho também que falar, alguém tem que
falar! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos
à
(06 oradores/10 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 6192/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 016/07, que dispõe
sobre as Diretrizes Orçamentárias para 2008 e dá outras providências.
PROC.
Nº 6195/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 017/07, que altera a
Lei nº 9.814, de 29 de agosto de 2005, alterada pela Lei nº 10.064, de 10 de
outubro de 2006, que dispõe sobre o Plano Plurianual 2006-2009 e dá outras
providências.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
hoje se inicia a Pauta Especial para que se façam alterações no Plano
Plurianual e também para a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Neste período de
seis Sessões que correrá a Pauta, a população pode apresentar Emendas, e os
Vereadores também. Só que eu, por experiência, acho que os Vereadores não
deveriam fazer Emendas, porque as Emendas apenas servem para discutir aqui,
criar falsas expectativas e, depois, nos tiram a autoridade de fazer a
fiscalização. O Prefeito mandou uma alteração no Projeto Plurianual, em que os
21 Programas que integram o Projeto - assim como também a LDO e, depois, o
Orçamento - sofrem alterações. Eu fico preocupado, porque o Prefeito tem uma
Procuradoria que vem aqui trazer documentos escritos para os Vereadores, para
não votarem uma Emenda da Lei Orgânica, e permite que o Prefeito assine um
Projeto de Lei que não diz o que é. Com isso eu fico muito aborrecido, muito
triste, porque é muito ruim para o Prefeito; um Prefeito diligente,
criterioso, capaz, assina uma alteração do Plano Plurianual que diz (Lê.):
“Ficam incluídas ações e alteradas as denominações das ações, descrição,
finalidade, produto, unidade de medida e meta, conforme o caso, na forma
especificada no Anexo Programas Finalísticos desta Lei”. Só que ele não diz
aqui, no art. 1º, que ele está alterando a Lei nº 9.814. E me admiro com
aqueles Procuradores que vieram insistir que eu estaria errado. Eu gostaria de
dizer que a Procuradoria está, em primeiro lugar, com a obrigação de defender a
legislação municipal, mas esqueceram dessa coisa. Então eu faria esse alerta,
para que venha uma Mensagem Retificativa, dizendo, exatamente, o que é o
Projeto de Lei, porque a Emenda não é lei.
A
Lei de Diretrizes Orçamentárias não é um fato novo para esta Casa, nós temos
que fazer é um grande momento; nós devemos analisá-la, não emendá-la, e não
fazer como nos outros anos com 100, 150, 200, 300 Emendas à Lei de Diretrizes
Orçamentárias; depois, os Vereadores brigam, porque esta foi aprovada e aquela
não. A não ser que haja um equívoco de parte do Executivo Municipal - e eu não
analisei ainda a Lei de Diretrizes Orçamentárias -, acho que nós não devemos
fazer Emendas. Nós devemos, sim, fazer com que as coisas sejam cumpridas.
Eu
estou dizendo que não se devem fazer Emendas, mas já mandei fazer uma até,
porque todos os anos eles fazem a mesma coisa: colocam o direito de
suplementação de 10%, e nós damos quatro e meio. Então já deveriam ter mandado
com 4,5%, e eu já mandei fazer uma Emenda, dizendo que é 4,5% a autorização que
o Executivo tem de fazer a suplementação de verbas, sem que haja necessidade de
Projeto de Lei.
Então,
não tem nada de novo. Espero que os meus Pares saibam fiscalizar e não apenas
emendar. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
(Pausa.) O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para discutir a Pauta
Especial. (Pausa.) Ausente.
O
Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O
SR. ERVINO BESSON: Presidenta,
Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e
senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, eu não
vou usar os dez minutos, porque recebemos a LDO há poucos dias. Vamos ler uma
grande quantidade de folhas, e no que depender da nossa colaboração quanto ao
Projeto que veio do Executivo, nós, da Bancada do PDT, vamos estudar com muito
cuidado, muita profundidade, porque envolve os problemas da cidade de Porto
Alegre. E nós, que temos responsabilidade nesta Cidade, porque fomos eleitos
para defendê-la, temos que nos debruçar sobre a LDO, estudá-la com muita
profundidade, para que possamos defender o que é bom, e, se acharmos que algo
deva ser mudado, abriremos essa discussão aqui na Casa, logicamente junto com a
comunidade, para que possamos fazer um trabalho com bastante lisura, muita
tranqüilidade, e possamos defender a nossa Cidade, para que tenhamos as
mudanças necessárias, mas mudanças naquilo que vá ao encontro do que a
população espera de nós, Vereadores desta Cidade. Portanto, no momento, era o
que eu gostaria de dizer, Vereadora. Numa próxima oportunidade, nós teremos
melhores condições para detalhar os dados que nós recebemos do Executivo
Municipal.
O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Parece-me importante que, nesse período de
debate de Pauta Especial, nós possamos mostrar para a população de Porto Alegre
- até porque nós temos a TV Câmara - de que aqui, na Câmara Municipal, não há a
tradição de se fazer Emenda parlamentar tal qual se faz em Brasília, tanto na
LDO quanto no Orçamento. Então, não tem essa história de que o Vereador possa
prometer o asfaltamento da avenida tal, da rua tal, que vai construir um posto
de saúde, que vai fazer isso ou aquilo. Isso faz parte de um outro ordenamento
que a Cidade está acostumada a fazer, que V. Exª conhece, que é o Orçamento
Participativo, e agora o Governo introduziu a tal da Governança. Acho que foi
uma grande conquista de Porto Alegre. O senhor imagine o que seria a pressão, o
lóbi. Esta Casa se tornaria um balcão de negociação, como já houve em outras
Câmaras de Vereadores, como sei que acontece em algumas delas, de tornar um
local onde você negocia com o Vereador o asfaltamento de uma rua e, em troca
disso, você vota aquilo ou aquele outro. Ou seja, aqui, de fato, nós estamos
tentando mostrar que é possível fazer um Parlamento diferente. É possível
discutir a Lei de Diretrizes Orçamentária de uma forma diversa da tradicional,
que leva, necessariamente, por esse tipo de processo, à corrupção. Obrigado.
O
SR. ERVINO BESSON:
Perfeitamente. Muito importantes as suas colocações, Ver. Adeli Sell. Inclusive
hoje, pela manhã, no debate que nós fizemos juntamente com o nosso colega Ver.
Guilherme Barbosa, foi um debate muito claro, muito franco, colocado dessa
forma, até para que nós consigamos também dar a nossa parcela de colaboração
para a Prefeitura Municipal. Porque a Cidade... Quem é a Cidade? Somos nós que
também vivemos nesta cidade de Porto Alegre que um dia nos acolheu. Foi um
debate, sem agredir ninguém, sem o tipo de debate que a população não quer mais
assistir - ofendendo, acusando uns e outros. Não é isso que nós queremos. Foi nessa
discussão, Ver. Mário Fraga, que nós conseguimos colocar alguns recursos para
que esse problema que a Cidade vive, o problema dos buracos; foi o debate de
hoje pela manhã - a gente está vendo que há problema de falta de recursos, Ver.
João Dib. Quem sabe nós colocamos mais recursos, para que possamos resolver o
problema dos buracos nas ruas, o que é tão reclamado pela população de Porto
Alegre, com muita razão. No início desse debate, eu o dividi em duas partes: os
buracos naturais, porque tem chovido neste ano como há muitos anos não chovia,
portanto, buracos em conseqüência da grande quantidade de chuva, e aqueles que
são abertos para algumas obras, e depois “quem é que fecha, quem é que não
fecha”, e passa um dia, passam dois, passa uma semana - esse problema foi o
ponto que nós discutimos pela manhã. Nós poderíamos reabrir essa discussão, e
talvez na LDO, nós consigamos colocar mais recursos para resolvermos o
problema. Tenho certeza que ele será resolvido, porque eu confio na capacidade
e na competência do nosso Prefeito Municipal.
O
Sr. Mario Fraga: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ervino, vou no mesmo sentido,
o da LDO, e quero discordar um pouco do Ver. Adeli, mas antes faço um elogio ao
Ver. Guilherme Barbosa e a V. Exª por suas presenças, hoje, no programa da
Rádio Bandeirantes. São dois Vereadores que estão lutando pela nossa Cidade e
que demonstraram, naquele programa, preocupação com ela: Ver. Guilherme Barbosa
e Ver. Ervino Besson.
Quero
discordar um pouco do Ver. Adeli Sell pelo mesmo motivo que V. Exª apontou. Se
surgirem novos programas, e, se a gente puder fazer uma Emenda ou um novo
programa na LDO, que os Vereadores, em consenso, todas as Bancadas juntas,
possam colocar, para ajudar o nosso Governo e facilitar o seu trabalho.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ervino Besson, quero
dizer a V. Exª e à Casa que nós estamos fazendo Pauta paralela - do Plurianual
e da Lei de Diretrizes Orçamentárias -, mas primeiro nós precisamos votar o
Projeto do Plurianual para depois votar o outro.
Eu
concordo com o Ver. Adeli Sell: essa Lei de Diretrizes Orçamentárias é
exatamente aquela Lei de Diretrizes Orçamentárias que nós aprovamos para este
ano. Então, eu acho que não tem que mudar muita coisa, não.
A
Srª Clênia Maranhão: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Pedi aparte a V. Exª e
agradeço, para destacar duas questões em relação à Lei de Diretrizes
Orçamentárias, que foi entregue pessoalmente a esta Casa pelo Prefeito José
Fogaça. Eu acho que é importante nós lembrarmos, inicialmente, que a prioridade
expressa na LDO é exatamente aquela que foi apontada na consulta que o
Executivo fez à sociedade através do Orçamento Participativo. Evidentemente a
LDO corresponde a uma necessidade da população que mais precisa, porque ela
priorizou, em primeiro lugar, a habitação; em segundo lugar, a Educação; em
terceiro lugar, a Assistência Social,
e, em quarto lugar, a Saúde. Essas três prioridades foram apontadas pelo
Orçamento Participativo, foram acolhidas pelo nosso Governo, e o texto da LDO
encaminhado a esta Casa reflete exatamente esse tipo de prioridade, porque, com
esse tipo de prioridade, trabalham-se exatamente as necessidades das populações
das nossas periferias, populações que mais precisam. Talvez alguns Vereadores,
que acham que temos que ficar aqui destacando as grandes obras e exigindo
nominação das grandes obras, não compreendam que, pelo nosso conceito, essas,
efetivamente, são as grandes obras do nosso Governo, obras que tratam das
pessoas das nossas comunidades, porque são elas que mais precisam do Poder
Público.
O SR. ERVINO BESSON: Obrigado,
Vereadora. Entristeço-me quando vejo essas críticas duras que o Governo Fogaça
recebe, porque as reivindicações da população que recebemos e que estão na LDO
são reivindicações não só de um segmento partidário, não só do segmento ao qual
pertence o PDT ou a equipe de Partidos que compõem a base do Governo; são
recebidas reivindicações de todos os Partidos, porque vocês não vão pensar que,
nas prioridades das obras que o Governo mandou para cá, não há gente de todos
os Partidos. Claro que há! O Governo Fogaça trabalha com tanta lealdade para
com as pessoas, com respeito para com todos os Vereadores e Vereadoras, de
forma cordial, de uma forma gentil, e, Ver. Brasinha, entristece-me quando vejo
essas duras, injustas críticas que o nosso Governo Fogaça recebe,
principalmente do Ver. Oliboni. O Ver. Olibonin é uma pessoa tão calma, tão
tranqüila, e, de repente, ele parece que perde a linha de conduta como Vereador
e ofende de uma forma que acho injusta, muito injusta, porque eu já vi o Ver.
Oliboni ser tratado de uma forma muito diferente da forma como o Ver. Oliboni
trata o Prefeito desta Cidade.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ervino, as manifestações não eram
para ser com essa imponência com que o Vereador as fez, o Ver. Oliboni, porque
ele é uma pessoa querida; aliás, ele faz o papel de Jesus Cristo, e Jesus
Cristo tem dó de todo o mundo. Mas quero dizer a V. Exª, Vereador, que o
Prefeito Fogaça está com 966 dias de Governo, e foi o povo de Porto Alegre que
quis trocar, pois estava cansado! Se estivesse tão bom o Governo anterior, esse
não seria trocado; mas o povo decidiu, trocou, e eu acho que o Prefeito Fogaça
está fazendo muito, vai fazer mais... E agora vem o Plano aí... O Prefeito vai
fazer mais, tenho certeza absoluta, como está fazendo, está asfaltando a Av. Borges
de Medeiros, que, há 300 anos, está do mesmo jeito, agora a está asfaltando.
Isso, sim, está fazendo pela Cidade, está fazendo pelo povo, está fazendo pelas
pessoas que mais precisam.
O SR. ERVINO BESSON: É um Governo
transparente, Ver. Brasinha, tenho certeza de que o Governo Fogaça ficará
marcado na história como Administrador desta Cidade. É claro que tudo ele não
vai conseguir fazer, porque os problemas são enormes, agora, da forma como ele
administra, uma forma clara, transparente, aberta e, principalmente, respeitosa
para com todos os Partidos... O Governo Fogaça é uma coisa que vai ficar
marcada, Ver. Brasinha. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver.
Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta Especial. (Pausa.)
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para
discutir a Pauta Especial.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores, colegas Vereadoras,
senhores e senhoras, quero iniciar aqui com uma discussão sobre a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e, como sempre fiz aqui nos dois anos anteriores,
quero apontar um conjunto de equívocos, demonstrar a peça de ficção que vem
aqui para esta Casa. E nós aqui fazemos uma discussão profunda e a aprovamos,
mas ela acaba não se realizando - peça de ficção, porque nós a aprovamos e ela
não se realiza. Aí, quando nós aprovamos aqui um Projeto, e quando aprovamos o
Orçamento, Ver. Guilherme Barbosa, é para que ele se realize! Aí vem aqui a
base do Governo falar em grandes obras que este Governo está realizando; são
grandes obras invisíveis, porque ninguém consegue vê-las. E se vamos falar no
atendimento à população, por favor, estamos na iminência de 300 mil pessoas
ficarem sem o atendimento mais nobre, que é a Saúde Pública de Porto Alegre,
com a intervenção que o Ministério Público fez no dia de ontem... E alertamos
aqui, desta tribuna, que a Lei que estamos aplicando, que aprovamos, a LDO, não
está sendo cumprida! É uma
pena que o Ver. João Antonio Dib saiu, porque eu queria debater e demonstrar,
na sua intervenção feita antes, e os demais Vereadores que trouxeram aqui...
Primeiro, a análise desse Projeto de Lei da LDO: através do disposto no art. 2º
e no art. 12, letra a, o Poder Legislativo Municipal, se aprovar assim como
está sendo proposto, vai dar um cheque em branco de nada mais, nada menos, que
310 milhões de reais ao Executivo Municipal; um cheque em branco que fizemos
nas gestões passadas, e não foi utilizado o recurso, e vou justificar o porquê.
O disposto no art. 3º cria uma reserva de contingência de 2% sobre o valor da
receita corrente líquida total, algo em torno de quase 40 milhões de reais. Por
que o Governo não diz para que vai querer utilizar esses 40 milhões de reais? É
um montante de despesas sem destinação previamente definida que o Executivo, no
ano seguinte - ou seja, para 2008 -, ou da execução, definirá a sua finalidade
por Decreto. Inclusive, Ver. Nereu, acho que, em ano eleitoral, todo
investimento teria que vir previamente gravado, e nada deveria ser decidido por
Decreto, e isso está no art. 3º da LDO, que apresenta.
Nós
teríamos que pensar, na Lei Orgânica, sobre essa possibilidade. É um montante
de despesas sem destinação prévia, definida, e que o Executivo, no ano
seguinte, ou da execução, dará a sua definição por Decreto, ou a sua finalidade
por Decreto.
Seria
interessante que fizéssemos Emenda vinculando a reserva de contingência à
suplementação da despesa de pessoal, pois hoje a despesa de pessoal no
Município de Porto Alegre é de 46% da arrecadação. A Lei de Responsabilidade
Fiscal garante que isso possa ser até 56%. Portanto, podemos tratar aqui, sim,
do reajuste reivindicado pelos funcionários públicos para destinar esses 40
milhões de reais.
Portanto,
já a letra a, do art. 12 autoriza a abertura de crédito no montante de até 10%
da despesa total autorizada, ou seja, mais 270 milhões de reais a despesa
autorizada que poderá ser destinada e alterada por Decreto. Portanto, se nós
pegarmos os 270 milhões de reais mais os 40 milhões de reais, são 310 milhões
de reais na possibilidade de um cheque em branco! Cheque em branco! Isso não é
possível!
O
Sr. Adeli Sell: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto, V. Exª está em
uma linha de argumentação corretíssima, porque parece-me que o atual Governo e
sua base de sustentação aqui na Casa deveriam saber e pensar diferente, pois
aqui há massa cinzenta, aqui há Vereador responsável que fica no Plenário, que
acompanha não só os documentos que chegam aqui, mas a gente tem acesso à
Internet, a gente lê as notícias que estão no site da Prefeitura, e nós
estamos acompanhando a movimentação orçamentária da Prefeitura, estamos
verificando que a Prefeitura tem um profundo desdém com relação às coisas que
se discutem aqui na Casa. E nós estamos vendo... depois eu vou colocar algumas
questões em relação à EPTC e mostrar que há um desdém, um desleixo em relação à
coisa pública de modo geral, e também há uma certa afronta a nós, aqui na
Câmara, achando que aqui não há oposição. Como eu disse ontem, vou repetir
hoje: aqui há oposição e essa oposição é vigilante.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: É
vigilante, temos estudos. Portanto, no histórico desta Casa foi aprovado, no
máximo, 4,1% das verbas de contingência, Ver. Nilo. O Executivo está mandando
para cá, nessa Lei de Diretrizes Orçamentárias, a possibilidade de isso ser
12%. Portanto, isso é um cheque em branco! Quem não conseguiu cumprir a LDO que
foi tratada em 2005 e 2006? E justifico aqui. Então, esses 13%, 12% é um cheque
em branco que poderá chegar a 310 milhões de reais, Ver. Mario Fraga; é isso
que eu quero que V. Exª venha aqui sustentar, e não dizer que o Governo está
fazendo o melhor Governo possível, pois isso não é verdade!
Segundo,
estou cobrando, sim, os investimentos que nós aprovamos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias e no Orçamento de 2005 e 2006. Em 2005, foi aplicado em torno de
um terço, e, em 2006, foi investido pouco mais da metade do montante que nós
aprovamos aqui na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que foi de 95 milhões. Isso
é o que eu quero debater com a base do Governo. Quero que a Líder do Governo
venha aqui justificar por que não foi investido isso, e por que a população diz
que a Saúde e a Assistência Social só pioraram nesta Cidade. Muito obrigado, senhores e
senhoras.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Nós estamos
iniciando um Programa novo na Câmara Municipal que dá conta da reciclagem de
pilhas e baterias, uma iniciativa e uma parceria da Câmara Municipal com a
Instituição que trabalha esse Programa. Gentilmente nós recebemos, além do
equipamento que foi instalado próximo a Agência dos Correios da Casa, pequenos
coletores individuais que serão distribuídos para os Srs. Vereadores, para que
possamos participar desse Programa tão importante na cidade de Porto Alegre,
que é o de reciclagem de pilhas e baterias, contribuindo para a construção de
um mundo mais sustentável, mais sadio, sobretudo de uma Cidade melhor como
Porto Alegre.
O Ver. Newton Braga Rosa está com a palavra para
discutir a Pauta Especial.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; meus colegas Vereadores, estávamos aqui olhando
a LDO no que diz respeito aos seus anexos, porque lá, conforme foi falado já
nesta tribuna, na linha do detalhe é que estão, em alguns casos, as atividades
que vão fazer a diferença para a nossa Cidade.
Eu gostaria de destacar, no anexo I, a atividade
relacionada à bilhetagem eletrônica no Município de Porto Alegre. Todos nós
sabemos que a Região Metropolitana já está usando, com sucesso consagrado, o
cartão eletrônico na substituição das complicadas fichas escolares e fichas de
transporte coletivo. A bilhetagem eletrônica, num Projeto chamado Teu,
envolvendo sete empresas de ônibus, mostrou a viabilidade do sistema, e o nosso
Plano, no anexo I, fala a respeito do percentual de viagens, utilizando o
cartão sobre o total de viagens realizadas. A meta é de 30%. Eu considero uma
meta adequada para o primeiro ano de funcionamento do sistema.
Logo abaixo tem um plano de informação ao usuário
de transporte público; é um projeto-piloto e plano geral de comunicação. Esse
projeto inclui um sistema de georeferenciamento em que o ônibus, na medida em
que desloca, através de um sistema de satélite, permite identificar exatamente
onde o ônibus se encontra e, ao se aproximar de uma parada, é possível, em um
letreiro fixo na parada, anunciar, com antecedência, o horário em que aquele ônibus
estará passando naquela parada. Isso já acontece no Exterior, e a tecnologia
permite, de uma maneira simples, hoje, fazer algo que, há dez anos, seria
absolutamente impensável. A instalação de um rastreador por satélite em um
ônibus, face ao custo desse
ônibus, é um percentual muito pequeno perto do grande benefício que vai trazer
à nossa população. Ver. Bernardino, imagine a possibilidade de as pessoas se
programarem no momento em que estão saindo de casa, porque elas sabem quando o
ônibus vai passar, elas não precisam chegar antes na parada, não precisam ficar
em esperando à noite, em lugar ermo, pela chegada do ônibus; elas podem chegar
junto com o ônibus.
Outro Projeto que merece destaque, e está
relacionado a esse, é a própria qualificação das paradas, em que está dito que
150 paradas estariam qualificadas dentro deste sistema, acredito.
Por fim, uma preocupação que diz respeito ao jovem,
aqui na cidade de Porto Alegre. Nós sabemos que existe um Projeto do Ver.
Professor Garcia, que criava o Conselho Municipal do Jovem, à semelhança do
Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia, que tem balizado as ações e já
mostrou a sua importância. Sei também que o Conselho Municipal de Saúde presta
um trabalho importante à Cidade. O Conselho Municipal do Jovem é objeto também
de um Projeto a ser encaminhado a esta Casa pelo Executivo, e na nossa LDO, que
está aqui, há um dado ambicioso: o aumento das perspectivas de ascensão social
dos jovens participantes. O objetivo é termos 7.200 jovens matriculados. Como Professor
Universitário, preocupado com a formação desses jovens, nos deparamos com um
problema muito sério na sociedade brasileira nos últimos dez anos: o desemprego
entre os jovens de 18 a 24 anos de idade é o dobro das médias constatadas e
registradas nos levantamentos realizados. Esse desemprego é particularmente
preocupante, porque pega o jovem no momento da formação do seu caráter. Se o
percentual de desemprego no Brasil está na faixa de 12% entre os jovens, beira
os 25%. Isso significa que, de cada quatro jovens, existe um desempregado, e
com poucas perspectivas. O Ensino Superior, que era um rito de passagem
garantido para o mercado de trabalho, deixou de sê-lo. Os jovens ainda estão à
cata de emprego. E a observação do mundo atual mostra que as oportunidades de
emprego tradicional, com carteira assinada, estão sumindo. Por outro lado, as
oportunidades de trabalho, não. Falta emprego, mas as oportunidades de trabalho
continuam existindo. A nossa grande missão é complementar a formação desses
jovens com disciplinas relacionadas ao empreendedorismo, porque, se não existe
emprego, esse jovem vai ter que empreender. E nós sabemos que um bom
empreendedor não é fruto de um dom divino, nem de uma habilidade, de um dom de
nascença. Aliás, se fosse assim, estaríamos selecionando empreendedores através
de exame de sangue para saber se ele tem o DNA do empreendedor. A capacidade
revelada em habilidades e atitudes empreendedoras vem de conhecimentos que
podem ser adquiridos.
O Sebrae, através de programas nacionais e, aqui,
no Rio Grande do Sul, os programas, principalmente O Brasil Empreendedor, em
que o nosso Sebrae tinha uma meta para cem mil pessoas treinadas e conseguiu
realizar 140 mil, a ponto de receber recursos que estavam destinados para
outras unidades da Federação que não tiveram o mesmo sucesso. O Sebrae nos
mostrou o quanto pode-se melhorar as chances de sucesso do pequeno empreendedor
quando existe um treinamento adequado. Quando eu olho o programa da Prefeitura,
ambicioso, o ProJovem, realizado, é verdade, em grande parte com recursos do
Governo Federal, eu vejo uma oportunidade deste Programa ser o vetor do ensino
de empreendedorismo que possa melhora a qualificação e, não só isso, a inserção
do nosso jovem no mercado profissional.
A propósito, na área de Informática, quero repetir,
aqui, um dado que me parece importante, mas que mostra quantas oportunidades
existem. Aqui no Estado do Rio Grande do Sul - apesar do desemprego -, na área
de Informática existe a disponibilidade, hoje, de mil e duzentas vagas. Vagas
para programadores de computadores, para trabalhar em projetos importantes e
que vão permitir que o jovem entre no mercado de trabalho com amplas
perspectivas.
Srª Presidenta, eu agradeço a gentileza da
oportunidade, Srs. Vereadores, e fica, aqui, a última constatação com relação
aos nossos Telecentros.
O Anexo I prevê uma atividade - ela não está numerada - na página 22, que
são cursos de informática com atividades complementares de usuários de
telecentros em funcionamento. E vejo, com satisfação, uma meta difícil de ser
atingida, mas que se for atingida vai cumprir um importante papel social. A
meta é que 50 mil pessoas, em 2008, recebam esses cursos de informática que
estarão sendo fornecidos nos telecentros. Porto Alegre encontra sua vocação e
percebe que a qualificação do nosso jovem é indispensável para que a Cidade
consiga manter os seus bons índices de desenvolvimento de recursos humanos.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni):
O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY:
Excelentíssimo Ver. Oliboni, na pessoa de V. Exª, que preside os trabalhos
neste momento, quero cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras desta Casa,
público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara, senhoras e senhores.
Estamos na tarde hoje, neste período de Pauta Especial, destinando
especificamente as intervenções nesta Tribuna, para tratar a respeito dos
Projetos de Lei do Executivo nºs 16 e 17, que dispõe, respectivamente, sobre as
Diretrizes Orçamentárias para o ano de 2008, e o Plano Plurianual 2006/2009,
dando outras providências. É oportuno e preliminar que se faça aqui o
encaminhamento, inclusive para que nós possamos situar aqueles interessados
nesse debate, que o Plano Plurianual vai reger as políticas públicas a serem
adotadas nas mais diversas áreas do Município, através do Poder Executivo,
sejam elas a Educação, Habitação, Saúde, Saneamento, e vai funcionar, na
realidade, como um grande guarda-chuva norteador daquilo que o Governo eleito
entende prioritário, e estabelece como metas para a sua gestão. E é através
desse entendimento e desse encaminhamento que eu gostaria de iniciar aqui a
minha intervenção, porque o Plano Plurianual, quando o Governo assume, em
realidade, no primeiro ano, ele ainda se dedica a cumprir um período do Plano
Plurianual que foi estabelecido pela gestão anterior. Ou seja, o Governo
Fogaça, que assumiu em 1º de janeiro de 2005, teve o seu primeiro ano para
organizar o Plano Plurianual para os quatro anos seguintes. Mas, durante o
primeiro ano, ainda cumpriu as metas estabelecidas pelo Plano Plurianual do
Governo anterior.
O
que nos chama muito a atenção, e eu gostaria de ressaltar aqui como uma
constatação positiva nesse processo, Ver. Dr. Raul, é que, em realidade, quando
se altera o Plano Plurianual, há a responsabilidade de alterar aquelas metas,
aqueles focos, aqueles pontos que foram direcionados no sentido de se
estabelecerem as políticas públicas a serem adotadas no Município.
Eu
vou ler aqui a intenção do Prefeito Fogaça, porque acho oportuno. Entendo que é
pertinente e traz benefícios para a comunidade porto-alegrense o Projeto na
forma como está sendo apresentado nesta Casa (Lê.): “As alterações constantes
neste Projeto de Lei buscam melhorar o desempenho gerencial da administração
municipal”, este é um foco, “permitir a avaliação do desempenho dos programas
em relação aos objetivos e metas especificados no Plano”, transcorridos até
então, deste Plano atual, um ano e meio, “oferecer elementos para relacionar a
execução física e financeira dos programas aos resultados da atuação do
Governo; criar condições para a melhoria contínua e mensurável da qualidade e
produtividade dos bens e serviços públicos; e dar maior transparência à
aplicação de recursos públicos e aos resultados obtidos.”
Em
realidade, o que nós percebemos é que o Governo traz para si a responsabilidade
inclusive de avaliar as suas próprias metas e estabelecer novas metas mais
audaciosas. Eu percebo, Verª Clênia, e gostaria de destacar que este Plano
Diretor prevê nas mais diversas áreas que são abrangidas pelos 21 programas que
foram estabelecidos como os nortes a serem desempenhados pelas mais
diversas Secretarias da Administração, mas, mais especificamente, este Projeto
de Lei, Ver. Brasinha, traz 34 novas inclusões, ou seja, assume novas
responsabilidades, e cria, a partir de então, mais mecanismos pontuais de
atuação para as comunidades.
Por quê? Como funciona, ou no nosso entendimento,
como funcionou, pelo menos naquele período em que tive oportunidade de estar a
frente da Secretaria de Esportes, Recreação e Lazer, coordenando os trabalhos
da Pasta com as políticas principalmente voltadas e focadas para a inclusão
social através do esporte? O que ocorre? O Plano Plurianual é um grande
guarda-chuva. E, quando o Governo se movimenta no sentido de incluir e trazer
para si a responsabilidade de novas metas, coloca no papel essas novas metas e
assume o compromisso, quando traz para esta Casa Legislativa uma legislação
para ser apreciada e aprovada, é porque ele mesmo se impõe a si próprio -
desculpem pela redundância, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores - o
compromisso de, efetivamente, trabalhar por mais benfeitorias, por mais
compromissos e mais atividades relacionadas com os programas de Governo que ele
estabelece no Plano Plurianual.
Digo isto,
porque, no início de um Governo, ainda mais com as características deste
Governo, que assume após o término de um Governo que esteve durante um longo
período administrando a Cidade, é necessário que, no meio do caminho, se faça
uma reflexão, Ver. João Dib, que entendo oportuna, porque realmente traz
algumas alterações, mas, principalmente, fala em novas metas. E isto é bom,
isto é importante, porque vai fazer com que possamos apontar novas ações que o
Governo assume o compromisso de fazer e que podemos fiscalizar. E temos certeza
de que não seria um compromisso e não estariam postas nesta Lei se não
estivesse calculado ou se não estivesse previsto para a trajetória do próximo meio-ano
e para o próximo ano, e, na realidade, no ano seguinte ou, conseqüentemente, ao
final do mandato - porque o primeiro ano do próximo mandato ainda vai estar
vigido por este Plano Plurianual.
Então, eu queria dizer que o nosso entendimento é
de realmente classificar esse movimento do Governo como um movimento que trará
como conseqüências uma melhoria na aplicação dos recursos e na aplicação das
políticas públicas que estão organizadas pelo Governo Fogaça e que nós, como
legisladores, além de legislar, obviamente, temos o dever de fiscalizar.
O Sr. Mario Fraga: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero dar os parabéns a V. Exª,
porque estes dois Projetos que tramitam na Casa são Projetos técnicos, e V. Exª
está indo bem, já os examinou um pouco e tenho certeza de que irá evoluir mais.
Mas quero dizer que há alguns Vereadores na Casa que já estão falando - e eu
também sou um pouco adepto à idéia - em mudar o Plano Plurianual, porque,
senão, chega o ano que vem e nós vamos fazer o Plurianual para um novo Prefeito
- quiçá seja o Fogaça, mas se não for, ele já assume com os planos do outro
Governo.
E quanto ao Orçamento para 2008, Ver. Márcio Bins
Ely, são 2 bilhões e 700 milhões; desses, 10%, 270 milhões o Governo poderá
investir em obras e em outras benfeitorias para a Cidade; mais os 2% de que o
Ver. Carlos Comassetto falou, que dá mais ou menos 40, 50 mil reais, a critério
de decreto. E, também, jamais o Prefeito fará alguma coisa contra a nossa
Cidade. Sou grato, Vereador.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Eu agradeço ao
Ver. Mario Fraga pela intervenção. Gostaria de trazer à reflexão na tarde de
hoje a minha manifestação a respeito da LDO, que também é um segundo passo
importante, nós sabemos que essas legislações são vinculadas e que existe uma grande
responsabilidade da nossa Comissão de Orçamento e Finanças em analisar
pontualmente esses temas. Mas nós temos 10 minutos para debater esta legislação
apresentada. Hoje, cumpro esta primeira etapa exclusivamente tratando a
respeito do Plano Plurianual, e, então, me inscreverei numa outra oportunidade
para poder debater com o tempo necessário as avaliações do nosso entendimento a
respeito da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Aldacir Oliboni, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu, de
fato, não tenho mais expectativa de que uma nova Diretriz Orçamentária conserte
os problemas do Governo Fogaça. Nós estamos discutindo, desde o primeiro ano,
desde a elaboração, Ver. Adeli Sell, e não quero aqui criar mais esperanças.
O Governo Fogaça anunciava a transversalidade, os
21 projetos, e segue nesse diapasão, enquanto na vida real - como aqui já foi
traçado pelos colegas - faz um brutal desajuste, uma desagregação das políticas
públicas em Porto Alegre. E, discordando aqui do Ver. Mario Fraga,
infelizmente, fazendo mal à Cidade, porque eu quero pegar o ponto da situação
de rua. Acho que a primeira pesquisa... Aliás, estranho que pouquíssimas
pesquisas se fizeram ou têm-se feito sobre o desempenho da Prefeitura; na época
da Administração Popular, nós tínhamos duas pesquisas, ao ano, de avaliação das
áreas e do desempenho do Governo, e sempre tínhamos muito respeito por elas. E,
nessa primeira pesquisa que temos, depois de longo período, de fato, a
população se expressa com a sua reprovação nos principais pontos. E um deles,
que tem a ver com os programas transversais, que trariam resolutibilidade e
potencialização, o projeto “O lugar de criança é na família e na escola”, é uma
das áreas que, conforme a avaliação da população, piorou a situação de meninos
e meninas em situação de rua.
Hoje, houve funcionários, junto com o Simpa,
denunciando assédio moral na FASC. Mas, mais do que assédio moral, nós temos um
problema sério de gestão, seriíssimo problema de descontinuidade, de
sobreposição. Desde o início, nós dissemos que o programa “Bonde da Cidadania”
não era um programa correto. Hoje, ele sobrepõe, Verª Clênia, o trabalho do Lar
Dom Bosco, da EPA; vai lá, busca os meninos no mesmo horário. Está bem, dá
outra alternativa, mas a lacuna permanece no horário das 17h às 19h, por
exemplo, quando os meninos terminam as suas atividades e, infelizmente, vão
cheirar loló, fumar pedra, antes de irem para o abrigo noturno. Não conseguimos
resolver, não enfrentaram com esse programa transversalizado, o problema do
desvio da atividade da Casa
Harmonia. A situação de rua está muito vinculada à drogadição, à saúde mental,
e a Casa Harmonia nasceu para atender esse público, Ver. Mario Fraga; ela
nasceu para isso. E, hoje, ela atende o público em geral, no bairro Cidade
Baixa. Não se tem mais equipamento para atender a situação de meninos, adolescentes,
em situação de drogadição na rua. Então, a abordagem de rua, que já sofreu uma
crise brutal no ano passado, que começa a se reestruturar, agora está tentando
negociar atendimento na Casa Harmonia, mas os poucos agentes de abordagem de
rua terão que ficar com o adolescente dentro da Casa Harmonia, porque ela não
fica com eles. Então, nós perdemos outro equipamento que foi duramente
construído.
A
situação do Abrigo Municipal Ingá Brita é muito grave. O Amib atendia, Ver.
Adeli, em torno de 30 adolescentes. É verdade que é um equipamento que tem de
ser reorganizado, reorientado para casas pequenas, mas não há nem gestor dentro
do Amib. A mesma Coordenadora do acolhimento noturno é que está dando, à
distância, gestão de uma casa de adolescentes com situação gravíssima de rua.
Resultado: a evasão é enorme, Ver. Comassetto. Nós temos seis adolescentes
dentro do Amib. E nós sabemos que lá aconteceram situações de violência com
monitores, situações de violência entre adolescentes, e drogadição. É o fracasso
da atenção à situação dos meninos mais fragilizados que nós temos em Porto
Alegre. Então, não adianta fazer o discurso da transversalidade, quando, de
fato, nós temos funcionários completamente desmotivados, pressionados,
sentindo-se assediados, adoecendo, e os equipamentos não reordenados, não
funcionando.
Outro
tema apontado pela população, como um tema que piorou na cidade de Porto
Alegre, é o tema da Saúde. Não passa incólume, não passa impune o desacerto na
área da Saúde. Esses dias, me informaram algo que eu acho singelo, mas que é
exemplar: de seis folhinhas de listas de remédios que eram fornecidas nos
postos de saúde, no PSF, durante a Administração Popular - como dizem,
popularmente, “no tempo do PT” -, passaram para uma folha e um quarto a lista
de remédios que é fornecida no Programa de Saúde da Família. Sem falar que
falta gás, falta água, falta isso, falta aquilo, e não há como atender. E,
agora, essa enorme crise nos Programas de Saúde da Família. E é uma crise! Não
é qualquer coisa que se está vivendo, pois chegou ao ponto de o Tribunal de
Contas emitir uma Cautelar, interrompendo o convênio realizado com o Instituto
Sollus. E essa crônica de uma morte determinada, eu chamaria assim, só poderia
chegar a esse ponto, Ver. Dib, porque não tem como entender que o Governo faça
essa opção desastrada de dispensar 731 funcionários, muito bem avaliados - e eu
conversava hoje com as educadoras da Educação Social de rua, Ver. Márcio, e
elas dizem que o trabalho dos PSFs é maravilhoso. Porque é um trabalho, Ver.
Sebenelo, comprometido, um trabalho sério, um trabalho que chega nas crianças,
nas casas; é um trabalho de equipe. Surpreendentemente a gente sempre ouve
falar da briga entre médicos, enfermeiros - cada um com sua corporação -, e nos
PSFs são equipes sintonizadas, complementares, solidárias, Ver. Dib; é lindo de
ver isso! E com atuação na periferia! São elogiados porque trabalham com as
crianças em situação de rua.
Ora,
com relação ao PSF, o Governo escolheu, determinou e escondeu o quanto pôde, afirmou
que não terminaria o convênio com a FAURGS. E não é sustentável dizer que não
pode pagar a taxa de administração, porque o novo convênio prevê despesas
operacionais. Qual é a diferença - Ver. Adeli, estudioso - entre despesas
operacionais e taxa de administração? No novo convênio está escrito “despesas
operacionais”, e estão inscritos ali valores polpudos, importantes, para a nova
empresa Sollus, desconhecida, confusa, inexperiente, no mínimo, para não dizer
duvidosa. Está lá cobrando, Ver. Braz: despesas operacionais. E esse era o
argumento da Prefeitura para terminar com o convênio com a FAURGS, Ver. Dib. E
eu duvido que tenha havido dificuldade da Prefeitura em conversar com a FAURGS
e trocar a expressão “taxa administrativa” por “despesas operacionais”. Eu
duvido que a dificuldade tenha sido nesse diálogo.
Então,
a Prefeitura determinou uma crise que hoje toma proporções imensuráveis.
Acompanhamos,
ontem - e o Ver. Dr. Raul também acompanhou -, a assembléia dos trabalhadores,
e pudemos observar que eles não estão confiando nesse encaminhamento, e tiraram
unanimemente a decisão de não assinar o contrato; tiraram unânime e
dolorosamente, da parte deles, a decisão de não participar da campanha de
vacinação, no sábado, porque são demissionários. Eles querem o cumprimento do
que o Ministério Público, por meio de quatro Promotores, está determinando à
Prefeitura, ou seja, contratar diretamente e, depois, solucionar
definitivamente.
Vereador
Dib, eu não posso olhar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que fala numa
maravilhosa Cidade transversalizada e integrada e que está desagregada desse
jeito pela política real, pela real politique.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Nobre Verª Sofia Cavedon, eu
quero cumprimentá-la, pois conseguiu passar todo o tempo sem falar na Lei de
Diretrizes Orçamentárias e no Plano Plurianual, e, no final, mostrou que sabia
por que estava na tribuna. Mostrou também a sua preocupação com aqueles que não
querem assinar o contrato. Eu acho que eles devem estar muito bem de vida, para
não querer assinar o contrato com os salários que são propostos.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: O
senhor, Ver. Dib, que é um homem tão elegante, ofende a esses funcionários com
essas palavras, porque é muito complicado quando todos os indícios são de um
contrato completamente temerário, Ver. Dib, que foi assinado, já está sendo
profundamente modificado e que, possivelmente, vai chegar a um valor mais alto
do que o da FAURGS, pelo ajuste de salário, pelos valores que há em
consultoria, e que o Ministério Público diz que é ilegal. Então, acho que eles
estão fazendo um movimento correto de defender a qualidade e a continuidade dos
seus empregos e da Saúde de Porto Alegre.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Terminamos a Pauta Especial.
A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, como hoje é
quinta-feira e estamos no final do dia, então é dia de alguns Vereadores
repetirem tantas vezes a mentira na tentativa de que ela vire verdade. E uma
das tentativas é fazer com que nós esqueçamos que o convênio da FAURGS com a
Prefeitura de Porto Alegre foi assinado no Governo passado e foi apontado pelo Tribunal
de Contas e pelo Ministério Público como irregular. Portanto, é preciso que os
Vereadores que acusam, acusem explicando esse tipo de realidade. Esta foi uma
herança que nós ainda não conseguimos consertar, porque eram tantos desmandos,
tantas irresponsabilidades administrativas, tantas dívidas que, realmente, 16
anos de falta de responsabilidade com a gestão pública do Município ocasionaram
dívidas sociais que atrasam e atrapalham muito a gestão dos Governos que
sucedem a esse “mandismo” de 16 anos, que apesar do tempo longo, tenta
esquecer-se das suas responsabilidades.
Eu
queria ainda dizer que os governos liberais, neoliberais, os governos elitistas
se vangloriam das grandes obras, dos cimentos investidos nos grandes bairros da
burguesia das cidades. E os Vereadores da oposição, que não conseguem
argumentos nas suas críticas, procuram apontar essa realidade em Porto Alegre
como uma deficiência. Eu queria falar das grandes obras em Porto Alegre, na
nossa gestão, que não é construir Perimetral e não pagar! Não é construir
Perimetral, botar no programa eleitoral e ter pago zero para a construção dessa
Perimetral! Não é construir grandes viadutos e inviabilizar economicamente o
Município, porque era inadimplente, devedor perante os organismos internacionais.
Para nós, as grandes obras são aquelas que afetam a vida das pessoas. Considero
uma grande obra quando, enfim, o DMAE não cuida de outras áreas - como cuidava
na época do Ver. Todeschini, fazendo asfalto na época pré-eleitoral -, mas se
volta para a população da periferia da Cidade, criando o programa Água Certa,
que desburocratiza, descentraliza e faz com que a população pobre, aquela que
mora nas vilas esquecidas de Porto Alegre, possa, enfim, regularizar a sua
situação, entrar numa situação de legalidade na sua relação com o Poder
Público, e ter uma parceria com a Prefeitura de Porto Alegre. Essa é uma grande
obra, porque ela se volta para a população que mais precisa! Uma grande obra é
quando a Prefeitura de Porto Alegre permite que a população que está assentada
há anos sem água, possa ter água! Isso é uma grande obra.
Quando
o Prefeito José Fogaça assumiu, a cada quatro crianças da periferia, de zero a
seis anos, três estavam fora das creches, fora das políticas de Educação
Infantil. Grande obra, então, é tentar reverter essa situação de exclusão e de
abandono da primeira infância, construindo mais de 1.200 vagas para as crianças
de famílias de baixíssima renda do nosso Município.
Se
vocês estão cobrando grandes obras, nós queremos falar em grandes obras:
grandes obras são as dezenas e dezenas de projetos enviados para esta Casa,
inclusive para a construção de habitação popular, para regularização fundiária
e para dar vida digna às pessoas que moravam em condições subumanas na nossa
Cidade. Quais são as grandes obras do nosso Governo? É o Sesrua, uma política
que evita que as crianças venham para a sinaleira e faz com que sejam atendidas
nos seus locais de moradia. Poderia citar muitas e muitas outras grandes obras,
porque, para mim, a grande obra é a obra que foca no ser humano, é a obra que
resgata a cidadania, a obra que faz a inclusão social. Então, nessa óptica é
que os nossos centros sociais estão sendo restaurados; há a priorização do CAR,
e a infra-estrutura hoje existente foi construída na nossa gestão, nas equipes
que trabalham dando o suporte para os conselheiros tutelares que atendem as
crianças em situação de vulnerabilidade social, em situação de risco.
São
centenas e milhares de grandes obras - é uma questão de óptica. Para mim, a
grande obra é aquela que é feita para os pequenos.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Sr. Presidente desta Casa; nobres colegas Vereadores e Vereadoras, quero trazer
dois assuntos que eu acho de extrema importância para o País todo e que afeta o
nosso Município, em particular os pequenos e microempresários do nosso Brasil.
Há uma máxima no nosso País: toda vez que se faz uma reforma tributária, diminuir
impostos é o que não vai acontecer - e isso está estampado nos jornais.
Estivemos analisando, eu e o Ver. Newton Braga, um verdadeiro absurdo o que
fizeram com a propaganda deste Supersimples Nacional. Nós temos, no Estado do Rio
Grande do Sul, cerca de 300 mil micro e pequenas empresas sobre as quais os
impostos serão brutalmente aumentados. Tive a oportunidade, hoje pela manhã, de
trocar idéias e ouvir um empresário que tem uma empresa de pequeno porte, em
que ele se beneficiava da Lei do Supersimples do Estado do Rio Grande do Sul. O
imposto, simplesmente, Ver. Dib, de dois mil por mês, passou para cinco mil.
Cinco mil, porque ele saiu fora do Supersimples Nacional, porque se ele
ficasse, seriam cinco mil e quinhentos reais. O Governo está tirando
brutalmente o lucro das micro e pequenas empresas, tirando a sua possibilidade
de subsistir. Vocês verão o reflexo no interior do Estado, onde, dia a dia, a
informalidade está aumentando. Há microempresários que antes gozavam da isenção
para até 240 mil reais, hoje já começam a pagar a alíquota de 4%, que antes era
2%. Poxa! Vindo do Governo Federal, vindo da União, só pode ser isso mesmo:
dinheiro mais dinheiro; promessas de aplicar um bilhão na favela tal; um bilhão
para plano “não-sei-do-quê” - são só promessas! Depois o Governo Federal
contingencia 70% da média nacional. Mas, aqui, está atingindo principalmente o
setor do comércio, o setor de serviço, bares, restaurantes. Há um brutal
aumento de impostos neste País, principalmente para aqueles que mais precisam
da diminuição do imposto. Se a nossa Governadora não voltar a refazer o nosso
Supersimples gaúcho, vai ser uma quebradeira das nossas empresas no Estado do
Rio Grande do Sul, e no Brasil todo se os Governadores dos Estados não o
fizerem! Então, isso nos deixa preocupados, tristes, porque hoje ser um
empreendedor, que poderia
manter a sua família com o seu próprio esforço, com uma empresa familiar, está
sendo proibido neste País! Vamos ser todos funcionários públicos neste País!
Querem acabar com a iniciativa privada! E todas as empresas nascem das
microempresas, é onde se exercita o crescimento de um País. E vem o Governo
Federal com essa verdadeira avalanche de aumento de impostos sobre aqueles que
mais precisam! E numa propaganda fantástica, gastando bilhões e dizendo: “O
grande Supersimples nacional”!
A
mesma coisa com o nosso SUS, com a nossa Saúde! Aquela paraibana, eu acho que
nós deveríamos fazer um minuto de silêncio em homenagem àquela mulher. Eu tenho
aqui o nome dela: Elisângela Ferraz Souza. Numa reportagem muito feliz, a
imprensa a entrevistou num dia em que ela não teve atendimento porque estavam
em greve, há mais de 60 dias, os hospitais da Paraíba. Disse ela que não sabia
se no outro dia estaria viva; naquela noite ela faleceu! Vejam os senhores: por
causa de uma briga dos médicos com o SUS! Há dez anos, dizem eles, a tabela não
é refeita, e dizem que um médico - por isso não tiro a razão dos médicos -
ganha 76 reais para fazer uma cirurgia cardíaca! O Governo Federal é insensível
no reconhecimento ao trabalho de um cirurgião, de um médico. E quem acaba
perdendo? A cidadã Elisângela Ferraz Souza, que faleceu! Está numa reportagem
nacional. Srª Presidenta, é lamentável, é triste: quem está pagando pelas
teimosias, quando não há a união de propósitos, é o povo, é o brasileiro! Ainda
tenho fé que isso um dia melhore! Obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos
à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 4472/07 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 015/07,
que cria a Secretaria Municipal de Turismo – SMTUR – na Prefeitura Municipal de
Porto Alegre – PMPA, extingue o Gabinete de Turismo – GTUR – do Gabinete do
Prefeito – GP, e revoga o art. 1º da Lei nº 9.735, de 11 de maio de 2005, e dá
outras providências.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1920/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 064/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que
regulamenta o Serviço de Radiodifusão Comunitária no Município de Porto Alegre
e determina penalidades em decorrência de infração ao disposto nesta Lei.
PROC. Nº 3120/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 051/07, de autoria do
Ver. Adeli Sell, que concede o Título Honorífico e o Troféu José Bertaso ao
Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre.
PROC.
Nº 4283/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 127/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que cria, na Empresa Pública de Transporte e Circulação –
EPTC -, o setor que executará cobranças por indenizações em face de acidentes
de trânsito causados por veículos automotores e de tração animal em que o
Patrimônio Público Municipal seja danificado e determina deveres à EPTC.
PROC. Nº 4589/07 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 142/07,
de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que denomina Rua Victor Osório Marona o
logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 2986 – Loteamento Verdes
Campos -, localizado no bairro Mário Quintana. (Este projeto com parecer
favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado
aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC. Nº 5013/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 168/07, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Maria
Acedina dos Santos Freitas, o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua
4014 – Vila Orfanotrófio I -, localizado no bairro Santa Tereza. (Este
projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar
será considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 4194/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 122/07, de autoria do Ver. Dr. Raul, que
institui, no Município de Porto Alegre, o Protocolo para a Promoção do
Planejamento Familiar, determina a forma de sua efetivação e dá outras
providências. Com Emenda nº 01.
PROC.
Nº 3009/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 098/07, de autoria do
Ver. Nereu D'Avila, que altera a ementa e o art. 1º da Lei nº 7.185, de 26 de
novembro de 1992, alterando de Esplanada Deputado Carlos Santos para Praça
Carlos Santos a denominação do logradouro público cadastrado e determinando o
conteúdo de suas placas denominativas.
PROC.
Nº 3455/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 103/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que dispõe sobre a instalação de transformadores de energia
elétrica em postes de concreto, nos logradouros públicos do Município de Porto
Alegre, e dá outras providências.
PROC.
Nº 4006/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 113/07, de autoria da
Verª Clênia Maranhão e outros, que denomina Praça Julieta Battistioli o
logradouro público não-cadastrado, conhecido como Praça 7062 – Loteamento
Hípica Boulevard. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 4417/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 006/07, que altera as Leis Complementares nº 07,
de 07 de dezembro de 1973, que institui e disciplina os tributos de competência
do Município, e nº 306, de 23 de dezembro de 1993, que institui hipótese de
responsabilidade pelo pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
– ISSQN; revoga a Lei Complementar nº 207, de 28 de dezembro de 1989, que
estabelece as condições para a isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza, e dá outras providências.
PROC.
Nº 4590/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 143/07, de autoria do
Ver. Nereu D'Avila, que denomina Rua Madre Celina Maria Azambuja o logradouro
público cadastrado, conhecido como Rua 2990 – Loteamento Verdes Campos -,
localizado no bairro Mário Quintana. (Este projeto com parecer
favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado
aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 4800/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 156/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Praça PM Ivonildo Gampert Biassi o logradouro
público cadastrado, conhecido como Praça Cinco – SQ Três 2ª U.V. – Nova
Restinga -, localizado no bairro Restinga. (Este projeto com parecer
favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado
aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 4867/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 159/07, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que denomina Praça Jorge Alencastro de Oliveira o
logradouro público cadastrado, conhecido como Praça 1057, localizado no bairro
Menino Deus. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
3ª SESSÃO
PROC.
Nº 4114/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 018/07, de autoria do Ver. Almerindo Filho, que
inclui inc. X no art. 43 da Lei Complementar nº 234, de 10 de outubro de 1990,
e alterações posteriores, que institui, em Porto Alegre, o Código Municipal de
Limpeza Urbana, incluindo ação no rol de atos lesivos à limpeza urbana.
PROC. Nº 4309/07 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 131/07,
de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua André Corrêa Dutra o
logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua E – Vila Monte Cristo -,
localizado no bairro Cavalhada. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 4347/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 133/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que
obriga os motéis e similares a realizar o cadastramento de seus usuários,
estabelece penalidades ao não-cumprimento do disposto nesta Lei e dá outras
providências.
PROC.
Nº 4353/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 134/07, de autoria do
Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Álvaro Nair de Oliveira o logradouro
não-cadastrado, conhecido como Rua F – Vila Monte Cristo -, localizado no
bairro Vila Nova. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 4661/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 147/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que
concede o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Senhora Marlene Salete
Sauer Wiechoreki.
PROC.
Nº 4779/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 149/07, de autoria da Verª Clênia Maranhão, que
denomina Rua Zuzu Angel, o logradouro público não-cadastrado, conhecido como
Rua 7051 – Loteamento Hípica Boulevard. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas
quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros
da Câmara.)
PROC.
Nº 3968/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 062/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que institui o distintivo de
Vereador(a) na Câmara Municipal Porto Alegre e dá outras providências.
PROC.
Nº 4471/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 007/07, que altera dispositivos da Lei
Complementar nº 478, de 26 de setembro de 2002, que dispõe sobre o Departamento
Municipal de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre –
PREVIMPA, disciplina o Regime Próprio de Previdência dos Servidores do
Município de Porto Alegre – RPPS, altera o § 3º e acrescenta o § 5º ao art. 3º
da Lei Complementar nº 505, de 28 de maio de 2004, e dá outras providências.
PROC.
Nº 4658/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 146/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Fernando Callage o logradouro público
cadastrado, conhecido como Passagem Quintino – Parque Moinhos de Vento -,
localizado no bairro Moinhos de Vento. (Este projeto com parecer
favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado
aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 4667/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 067/07, de autoria da Mesa Diretora, que cria a Função Gratificada
de Subchefe do Setor de Atas e extingue a Função Gratificada de Subchefe de
Setor do Quadro dos Cargos em Comissão e Funções Gratificadas, constante do
art. 20 da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, e alterações posteriores,
que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara
Municipal de Porto Alegre e dá outras providências, e altera o Anexo integrante
da Resolução nº 2.058, de 18 de junho de 2007, que trata das especificações da
Função Gratificada de Chefe do Setor de Sonorização.
PROC.
Nº 5041/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 169/07, de autoria do
Ver. Guilherme Barbosa, que denomina Rua Dorvalina Nazário o logradouro público
não-cadastrado, conhecido como Via A – Vila Santa Terezina -, localizado no
bairro Medianeira. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, a
minha tese: é preciso simplificar para bem governar. Diferente do que está acontecendo
aqui: nós estamos nos complicando. Mais uma Secretaria. Havia um Gabinete de
Acessibilidade, e transformaram em Secretaria. Agora há um Escritório de
Turismo, e vamos transformá-lo em Secretaria, criando nove funções
gratificadas, ou cargos comissionados, e extinguindo duas. Eu acho ainda que é
preciso simplificar para bem governar. Fica muito mais fácil comandar uma
equipe que tenha simplificação. E, porque eu acredito que é preciso simplificar
para bem governar, fico triste que a Verª Maria Luiza apresente um Projeto de
Lei aqui para que a EPTC crie o setor que executará cobranças por indenizações
em face de acidentes de trânsito causados por veículos automotores e de tração
animal em que o Patrimônio Público Municipal seja danificado e determina
deveres à EPTC. Ora, Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, é preciso simplificar para bem governar. Aqui se está criando um
novo serviço da Prefeitura. Será que a Procuradoria da Prefeitura ficaria
apenas para mandar ofício para os Vereadores, dizendo que deve ser mantido o
Procurador como substituto do Prefeito? Será que é só para isso? Não. A
Procuradoria é competente, sem dúvida nenhuma, e a ela cabe executar cobrança e
fazer processo para que se obtenha indenização de danos causados ao patrimônio
público. Não vamos fazer mais uma Procuradoria lá dentro da EPTC.
São
muitos os outros Projetos em 2ª e 3ª Sessão de Pauta; alguns deles já foram
comentados. Eu acho que ficarei por aqui mesmo. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Obrigada, Ver. João Dib.
O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. GUILHERME BARBOSA:
Verª Maria Celeste, nossa Presidenta; colegas Vereadores e Vereadoras, sem
dúvida, o Projeto que vem do Executivo, que cria a Secretaria Municipal de
Turismo, a SMTUR, é o Projeto mais importante que temos a discutir neste espaço
de Pauta, para discutir, sem menosprezar, sem diminuir a importância dos outros,
porque aborda um tema de muita relevância e, ao mesmo tempo, cria uma outra
Secretaria no Município de Porto Alegre.
O tema, sabemos todos, é uma atividade que tem a
ver com história, com economia, com lazer, enfim, o turismo é uma atividade
tremendamente importante em qualquer cidade do mundo; a nossa, já se diz há
muito tempo, tem a vocação de ser uma cidade de turismo de negócio. Portanto a
questão do turismo, de fato, nunca foi levada a sério com a necessidade, com a
importância que deveria ter. Eu reconheço, inclusive nas nossas Administrações
- e foram quatro na nossa Cidade - não colocaram esse tema com o destaque que
deveria e poderia ter. E acho que até agora, apesar do esforço da Ângela
Baldino, que é reconhecida por todos, também a atual Administração não tem
feito isso.
Agora, eu não reconheço no fato de se criar uma
estrutura à parte, porque uma estrutura já existe hoje, ela inclusive está
ligada ao Gabinete do Prefeito. Isto, em princípio, Verª Maria Luiza, deveria
significar importância, já que está ligada ao Chefe do Executivo. Mas, em
termos de recursos e programas, enfim, não recebeu também o apoio da atual
Administração. Então não é o fato de sair do Gabinete do Prefeito e criar uma
Secretaria, pois ela é minúscula, como a gente vê no Projeto, baseada,
principalmente, em CCs. Geram-se sete novos CCs; criam-se dez, extinguem-se
três, enfim, o resultado é positivo. A criação de sete CCs e duas FGs, pela
leitura que fiz do Projeto. Então, ela será uma Secretaria minúscula, com pouca
gente: sete CCs, duas FGs, portanto, isso não significa que vai ter importância
no Governo. Eu não gosto de ter uma posição definitiva no momento em que leio e
recebo os Projetos, mesmo o mais simples.
Então, eu só quero dizer, neste primeiro momento,
neste primeiro contato, que tenho que analisar com muito mais cuidado; farei isso, junto com a nossa Bancada,
mas sempre há essa questão de criar-se Secretarias baseado em cima de CC, o que
eu acho complicado. Já há bastantes; a atual Administração criou muitos CCs...
Quando na campanha, eu lembro muito bem disso, o Prefeito dizia que iria,
inclusive, reduzir, mas criou mais, como a Secretaria da Juventude, e a
Secretaria - se não estou enganado - do Direito do Consumidor e Segurança
Urbana é toda ela em cima de CCs. Há gente suficiente na Prefeitura para
deslocar para a Secretaria do Turismo sem que se crie essa nova estrutura que,
afinal, é uma estrutura pequena para a tarefa importante que se espera.
Portanto...
opa! Vamos devagar, esta não é uma posição definitiva, mas temos de analisá-la
com muito cuidado. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maria Celeste, Mui Digna Presidenta desta Casa, colegas Vereadores e
Vereadoras, eu tenho sido muito cauteloso quando faço críticas à Administração,
porque eu lidero uma Bancada de nove Vereadores atentos, conscientes dos
problemas e também conscientes dos limites da máquina administrativa. Um
exemplo disso foi a própria intervenção, agora, do Ver. Guilherme Barbosa.
Assim nós agimos, Ver. Carlos Todeschini. Agora, quando nós temos uma EPTC,
cujo Secretário, Luiz Afonso Senna, tem por esta Casa um profundo desdém, como
ele, inclusive, tem um comportamento que toda a Cidade conhece, de profundo
autoritarismo, de uma arrogância sem precedentes, eu sou obrigado a vir aqui e
fazer cobranças. Eu não estou fazendo uma denúncia, estou fazendo perguntas que
eu espero que o Governo responda. Se o Secretário Senna não responder, porque é
do seu costume, do seu feitio, não responder nem para a situação, nem para a
oposição, eu quero saber e perguntar a respeito dos pregões eletrônicos, a
respeito das concorrências que estão acontecendo na EPTC para a compra de
material para fazer as nossas faixas de seguranças. Todos devem
ter observado, e eu vou mostrar aqui a nova maneira de a EPTC pintar faixa de
segurança. O Secretário teve a petulância de dizer que a Administração Popular
comprou tinta de quinta categoria e que, portanto, era muito ruim. Vejam aqui
que agora está sendo utilizado o que nós chamamos de plástico frio, uma pintura
a frio, com um material que durante o dia parece sujo, e à noite, é verdade, é
mais reflexivo, mas acontece o seguinte: só existe uma empresa no Brasil que
tem esse material, e, como é uma conjugação de materiais, não existem normas
técnicas. Eu tenho aqui a concorrência deste ano, em que o Secretário, de uma
forma fajuta, enumerou quatro normas técnicas que, na verdade, não são sobre
esse material, e ele acha que esta Câmara e a oposição são feitas de um bando
de idiotas! Quero dizer que nós não somos idiotas, que nós somos responsáveis,
que nós conhecemos químicos, que nós conhecemos profissionais engenheiros, que
nós conhecemos o setor, não porque nós sejamos especialistas na área, mas porque
nós temos a capacidade de nos assessorar. Pois quando se fazia a outra pintura,
a termoplast, que eu poderia vulgarmente chamar de “uma pintura quente”, nós
tínhamos a possibilidade de participação de várias empresas, no mínimo duas do
Rio Grande do Sul, e várias de outros lugares do País, mas agora a moda é fazer
licitações, concorrências em que só os paulistas ganham. Eu não sou xenófobo,
estou no Brasil, sou brasileiro, mas alguma coisa estranha me parece que existe
por aí. Eu tenho toda a documentação aqui, absolutamente toda, e eu tenho aqui
também laudos que demonstram as empresas que podem dar os laudos, totalmente
autenticados, Ver. Brasinha, mas esta nova modalidade... e é uma verdadeira
fortuna, são dois milhões e 700 mil neste ano, podendo ser renovado para o ano
que vem em dois milhões e 700 mil, quando a outra parte que foi licitada, com o
modelo tradicional, era de menos de um milhão e 500 mil. É muito dinheiro, é
muito dinheiro, somando tudo isso, até o ano que vem, somariam quase sete milhões.
E vejo as faixas de segurança apagadas na cidade de Porto Alegre! Eu venho aqui
não para denunciar, de forma irresponsável, mas para cobrar de forma
responsável! Afinal de contas, Ver. Brasinha, perguntar não ofende! Quero
explicações técnicas! Quero que o Secretário nos mostre onde está esse
material! Quero ir lá, quero saber, tenho o direito de saber, e vou exigir
isso. Eu gostaria, Ver. Mario Fraga, que aqui representa a base do Governo, é o
Vice-Líder do Governo, que o senhor pudesse marcar uma visita à EPTC, que
pudéssemos levar técnicos, porque isso é uma barbaridade, do ponto de vista
técnico e profissional. Do ponto de vista técnico e profissional aqui há um
dossiê, isto aqui é uma barbaridade!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Haroldo
de Souza está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.
O Ver. Ervino Besson está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ERVINO BESSON: Cara
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras;
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e através do Canal 16,
queria saudar todos. Temos aqui um Projeto do Executivo, o PLCE nº 006/07, e
agora, falando com meu colega Ver. Newton Braga, tenho dúvidas sobre este
Projeto. Conforme é do conhecimento dos nobres colegas Vereadores, há muito
tempo estamos fazendo uma discussão a respeito das nossas áreas produtivas de
Porto Alegre, das nossas áreas rurais de Porto Alegre, e houve este problema
todo - não vou ser repetitivo aqui, mais uma vez nesta tribuna - a respeito da
isenção do IPTU, aquela problemática toda que houve em que a Secretaria Federal
não aceitou, ou melhor, aceitou, no princípio, a isenção de alguns produtores; depois andou dando alguns problemas,
aquele que não estava inscrito perdeu esse direito. E nós, numa reunião que foi
feita juntamente com os órgãos da Prefeitura, achamos por bem, depois de um
estudo - eu assinei o Projeto juntamente com o Ver. Newton Braga -, resolver de
uma vez por todas esse problema que está acontecendo na área produtiva de Porto
Alegre.
O
Executivo Municipal mandou um Projeto para a Câmara, que eu não consegui
entender muito bem, incluindo também o ISSQN. Quer dizer, está incluindo a
isenção na linha do Projeto que nós apresentamos para resolver esse problema
dos produtores. Se o Executivo incluiu a idéia do nosso Projeto juntamente com
o PLCE nº 006/07, eu até faria um apelo, aqui, para a Verª Clênia e o Ver.
Fraga, que são representantes do Projeto, para que sentássemos junto com o
Executivo, junto com os técnicos, principalmente com a Fazenda, para
discutirmos a linha que defenderemos; o Projeto que eu assinei junto com o Ver.
Newton Braga.
Aproveitando
esta oportunidade, o que nos entristece, nos deixa um pouco magoados, são
alguns procedimentos de algumas Secretarias. Eu sei que a linha do Prefeito,
conforme já falei no dia de hoje, Ver. Brasinha, pela forma como ele atende a
todos, transparente, tranqüila, eu digo isso porque, no ano passado, eu
apresentei um Projeto aqui na Casa, que o Ver. Valdir Caetano aprovou pela CCJ;
pela CEFOR, a Relatora Verª Maristela Meneghetti foi pela aprovação; pela
CUTHAB, o Ver. José Ismael foi pela aprovação do Projeto; na CEDECONDH, o Ver.
Cassiá Carpes foi pela aprovação do Projeto. O que é o Projeto? Para que o Executivo
Municipal colocasse o nome do consumidor da água, porque nós temos a CORSAN, a
CRT, a CEEE, que coloca o nome do consumidor. Por que o DMAE não faz o mesmo?
Iria resolver graves problemas que acontecem nesta Cidade; a conta de água vai
em nome do proprietário do imóvel, não no do consumidor. Tem alguns becos em
que a conta está no nome do proprietário e não chega ao consumidor. É uma
confusão tremenda, e o DMAE está tendo prejuízo com isso. A pedido do DMAE,
para fazer alguns ajustes, nós seguramos o Projeto. Mas o importante é que a
Cidade vai ganhar com isso.
Para
minha surpresa, no Jornal do Comércio do dia 20, eu li: “Moradores recebem
contas de água com seus nomes”. E na Zero Hora também saiu uma matéria, ontem.
E até um cidadão nos mandou cópia de sua conta de água: Sr. Anderson Relin,
morador da Rua Mauá, nº 168. A Cidade vai ganhar com esse Projeto, Ver. Carlos
Todeschini - V. Exª que foi um belo Diretor do DMAE. Só o que me entristece é
que, se foi uma idéia deste Vereador, por que o Executivo Municipal não nos
chama? Acho que segunda-feira vamos votar este Projeto, uma idéia deste
Vereador. Não vou, sozinho, aprovar o Projeto, ele vai ser votado e aprovado
por todos os Vereadores. É a Cidade que ganha com isso. Mas me chateou, nobres
Vereadores, sinceramente me chateou a forma de como um órgão do Executivo...
porque não é a linha do Prefeito. Pelo menos este Vereador deveria ser chamado
para discutir. Parece que o Projeto que eu assinei com os nossos produtores
está incluído no Projeto que veio do Executivo, com relação ao ISSQN. Como me
informou o Ver. Newton Braga Rosa, a intenção, também, do nosso Projeto é
estar incluído no Projeto do Executivo. Mas por que não fazer uma parceria
clara, transparente, tranqüila? Vamos dividir os louros entre todos, e não
porque foi o fulano ou sicrano que apresentou o Projeto. Por que não? Vamos
valorizar a idéia do Vereador. É isso que nós queremos: a parceria. É a linha
que o Prefeito defende na Cidade. Infelizmente, algumas pessoas têm dificuldade
para entender isso. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores e Vereadoras, senhores e
senhoras, quero trazer aqui um cumprimento especial à comunidade da Vila Nova
que nos visita e que retomou recentemente a Associação dos Moradores da Vila
Nova para realmente fazer um trabalho comunitário, resgatando aquilo que foi
destruído na gestão passada lá na comunidade da Vila Nova. Meus
cumprimentos.
Quero tratar aqui de dois Projetos. O primeiro
deles é o do Executivo Municipal, Ver. Carlos Todeschini, a que o Ver. Ervino
Besson se referia; o Executivo manda um novo Projeto a esta Casa, alterando a
Lei Complementar nº 07, de 1973, que é a Lei que trata da questão dos impostos
da Cidade. E quero recapitular aqui que, quando aprovamos, em dezembro do ano
passado, a Lei nº 556, que fazia uma correção nos impostos, inclusive revogava
a Lei nº 482, criada em 2002, que dava isenção total dos impostos para os
agricultores em Porto Alegre, eu vim a esta tribuna, fiz um debate e disse que
o Governo estava equivocado na maneira como a estava apresentando. O Secretário
Cristiano Tatsch, junto com seus assessores, nos deu a sua palavra que já tinha
negociado com a Receita Federal e que o problema estava solucionado. Pasmem,
senhores e senhoras - nós demos acordo, sim, está tudo registrado em nossas
notas taquigráficas -, identificado o problema neste ano, esta Casa convocou
uma Audiência Pública composta por três Comissões: a que eu presido, de
Direitos Humanos; a CEFOR, presidida pelo Ver. Professor Garcia, e a CUTHAB,
presidida pelo Ver. Elói Guimarães, e, naquele momento, o Executivo assumiu um
compromisso conosco de que reenviaria a esta Casa um projeto para fazer a
correção, portanto, neste momento o Executivo está cumprindo com o que
prometeu.
O que nos ocasiona, muitas vezes, desapontamento,
Ver Newton Braga Rosa, é que quando os Vereadores identificam e se antecipam
para corrigir os problemas, o Governo não dialoga. Se fosse conosco, da
oposição, até entendemos, mas quando são da base do Governo, no caso dos
Vereadores Newton Braga Rosa e Ervino Besson, a Liderança do Governo é que tem
que responder para os senhores neste momento.
Portanto, essa é uma discussão de método da relação
de trabalho que temos com o Executivo, mas, de qualquer forma, o projeto do
Executivo, da maneira como está colocado, no que diz respeito à isenção nas
áreas rurais de Porto Alegre, apresenta uma solução com a qual se comprometeu,
sim, na Audiência Pública que fizemos no dia 20 de maio deste ano,
aproximadamente.
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Comassetto, eu corroboro
com suas palavras, que são adequadas, e também quero relembrar esse processo de
tentativa de desmonte da Emater, que afeta as áreas rurais. É bom que isso
esteja no bojo desta discussão, porque a Emater é fundamental para preservar o
espaço...
O SR. CARLOS COMASSETTO: Correta a sua
preocupação, porque a Governadora Yeda disse que não ia demitir ninguém,
inclusive mandou uma cartinha para a Emater/Ascar, para um funcionário,
dizendo: ninguém será demitido. Agora está apresentando a conta para em torno
de 600 funcionários da Emater para serem demitidos.
Mas o segundo Projeto a que quero fazer referência
é o Projeto do Executivo criando a Secretaria Municipal do Turismo. E,
rapidamente, os operadores do Turismo vieram a esta Casa e apresentaram uma pesquisa
feita na Cidade sobre as principais preocupações do Turismo. Nós apoiamos, sim,
a criação da Secretaria do Turismo, mas já dizendo que ela nasce com um
problemão. Quais são os principais problemas que os turistas encontram em Porto
Alegre? O primeiro, é a insegurança - e a população diz que nesta gestão piorou
em 77% a insegurança. O segundo, é a limpeza urbana, que, da mesma forma, a
pesquisa diz que piorou. A iluminação pública piorou em 30% nesta gestão; são
dados da pesquisa atualizada. Se nós quisermos - Ver. Adeli, o senhor que
dialoga com o tema do Turismo - atrair turistas, nós temos que consertar
a Cidade. E o que a pesquisa de opinião pública está dizendo - Ver. Nilo, o
senhor que trabalhou na FASC? Que os problemas com as crianças de rua pioraram
em 60%. Esses não são dados nossos; nós os estamos trazendo aqui para poder
debater. Esses são dados de uma pesquisa pública; nós queremos entender o
porquê disso e provocar uma discussão para corrigirmos esses problemas. Neste
sentido, Srª Presidenta, muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Newton
Braga Rosa está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Vou focar
minha intervenção, Srª Presidenta, com relação ao assunto abordado pelos dois
colegas que me antecederam nesta tribuna, Ver. Ervino Besson e Ver. Carlos
Comassetto. Já foi historiado pelo Ver. Carlos Comassetto o acordo que existiu
na aprovação da Lei nº 556 e, em janeiro deste ano, começamos a receber relatos
de produtores rurais que queriam saber como seria tratado o assunto do IPTU. Na
prática, depois que Porto Alegre foi declarada como totalmente de área urbana,
o Plano Diretor de 1999 disse que não existe mais área rural em Porto Alegre, a
Delegacia da Receita Federal, que trata do ITR, quando inquirida sobre o
assunto, teve uma resposta pronta: “Nós só tratamos de área rural; se Porto
Alegre não tem área rural, conforme dito no Plano Diretor, nós não temos nada a
fazer com relação ao Município de Porto Alegre”. E não é verdade, pois o
cinturão verde que existe na cidade de Porto Alegre é imenso. Existem acordos
em que o cinturão verde está abastecendo hospitais da cidade de Porto Alegre
com hortaliças produzidas na zona rural. E não vamos discutir a importância da
zona rural, porque esta é notória. Existem propriedades rurais de 60, 80, 100
hectares, dentro de Porto Alegre, isto sem falar das pequenas propriedades de
dois, cinco, dez hectares, essas sim, disseminadas em número que chegam à ordem
de milhares de propriedades.
Bem, qual é o problema que havia, Ver. João Antonio
Dib? A Lei era impraticável na forma em que ela foi proposta, porque ela tinha
três exigências. Primeiro: a propriedade, para ficar livre do IPTU, tem de
estar na zona fiscal 3, que é uma zona que abrange essa área rural que nós
conhecemos. Segunda condição: a propriedade tem de desenvolver atividades de
extração vegetal, enfim, tem de ter atividades comprovadamente nessa área
rural. E terceira exigência: estar pagando ITR. E aí vem a terceira exigência
inexeqüível, porque a Receita Federal diz: “Nós não estamos recolhendo ITR,
porque Porto Alegre não tem zona rural; o assunto é só com a Prefeitura”.
O que aconteceu no final de fevereiro? Mais uma
vez, os nossos proprietários receberam carnês do IPTU, que foram, segundo -
abre aspas - um proprietário, para a caixa de sapatos, que é onde ele tem
colocado os carnês de todos os anos anteriores.
Ver. Carlos Comassetto, com prazer, ouço V. Exª a
respeito deste assunto, do qual tem muito conhecimento.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª
Permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Newton Braga Rosa, foi
lançada uma confusão para a Cidade, inclusive para os produtores rurais com
esta afirmação, parecendo que ela é verdadeira, de que Porto Alegre não tem
zona rural. Isso é um equívoco. O nosso Plano Diretor definiu, no espaço
rururbano, as áreas de produção primária. As áreas de produção primária são
definidas, conforme a atividade, em qualquer região do Município. E estas, que
existiam na Lei de nº 482, definiam a isenção total dos impostos. Portanto, é
com este conceito que nós precisamos trabalhar para, inclusive, podermos buscar
o apoio à Lei que V. Exª apresentou aí, para que volte a ter o direito que
existia até o ano passado.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Exatamente;
bem colocado. Quando se diz que não há área rural, tem que avisar o pessoal da Delegacia da Receita Federal
que existe não uma área rural ou urbana, mas que existe o rururbano - enfim,
isso que o Ver. Carlos Comassetto acaba de anunciar.
Bom,
eu gostaria de encerrar, dizendo que o Ver. Comassetto está certo quando
historiou que o Executivo veio a esta Casa. Agora, deixa-me dizer aqui da
tribuna: nós entramos com um Projeto, junto com o Ver. Besson, muito simples,
que está tramitando nas Comissões, e ele simplesmente diz em uma única linha:
elimina a exigência da comprovação de pagamento de ITR. E tudo se resolve. Nós
já estamos no mês de setembro, e os produtores rurais não pagaram o IPTU durante o ano inteiro. Algo tem que
ser feito. Agora, quando o Projeto vier do Executivo, ele será olhado pelos
senhores, e vocês verão que o Projeto é muito mais complexo. Ele trata de
muitos assuntos, além desse. Para que complicar, se nós podemos, num Projeto
mais simples, direto e específico, resolver, de uma vez, um problema que aflige
o nosso produtor rural?
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte?
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Por gentileza.
O Sr. Ervino Besson: Ver. Newton, eu quero saudar V. Exª pelo
seu pronunciamento, pois V. Exª já deixou muito clara a intenção do Projeto. A
Câmara Municipal - todos os Vereadores e Vereadoras - fez um trabalho muito
próximo ao do Executivo, levantando a credibilidade da economia da nossa
Capital, que nós estávamos perdendo. No mínimo, Vereador, o Executivo deveria
ter-nos chamado para discutirmos, pois é um ganho, é uma vitória para a Cidade,
e não para alguns segmentos que, talvez, não conheçam muito bem o que
representa essa área produtiva para a nossa Cidade. Sou grato a Vossa
Excelência.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Eu encerro, declarando, aqui, o meu
reconhecimento e respeito pelo trabalho do Ver. Comassetto nessa área.
Comassetto, muito obrigado. O Projeto está colocado na Casa, e eu espero poder
contar com o apoio de Vossa Excelência.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Encerrada a discussão da Pauta.
O
Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, eu venho falar, aqui, sobre uma
parceria da Prefeitura com a RBS, que busca a revitalização da Usina do
Gasômetro. Eu acho que foi uma belíssima parceria que o Prefeito Fogaça fez,
porque a Usina do Gasômetro está ficando bonita, e, mais ainda, a RBS tem uma
exposição, a partir do dia 31 de agosto, do que tem de mais antigo até o que
tem de mais moderno em tecnologia de ponta. Vai ter o maior telão de televisão
já visto na América Latina, ali na Usina do Gasômetro, graças ao entendimento
da Secretária Ana Fagundes, que negociou e proporcionou essa parceira entre a
Prefeitura e a RBS, que eu acho que vem na hora certa, para mostrar tudo para a
comunidade.
A
RBS é uma empresa gaúcha e vai mostrar os seus 50 anos, desde que começou até
agora. Tenho certeza absoluta de que será um sucesso; inclusive o Prefeito
estará lá, no dia 31, na abertura; também vamos contar com a presença da
Governadora e do nosso Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Isso vai ser
muito importante para nós.
Também
quero saudar meu amigo, o Vilson Pintado, vizinho da Baltazar de Oliveira
Garcia - eu estava reclamando minutos atrás -, que está sentado nas galerias.
Quero dizer que se sinta sempre bem-vindo a esta Casa.
Meus
amigos, como está difícil sobreviver nesta Cidade! É muita lei, é lei que
proíbe álcool, é lei que proíbe horário... O Ver. Elias Vidal tem uma lei para
que os bares da Cidade funcionem até às 10h da noite, que sejam proibidas
bebidas de álcool. E, ainda mais: ele quer que o cidadão porto-alegrense leve o
engradado de bebida, de cachaça, de cerveja para beber em sua casa. Eu acho
desconfortável o Ver. Elias Vidal vir dizer isto aqui na tribuna.
Também
tem mais o Projeto do Ver. Sebenelo, a quem eu admiro muito, tem um trabalho
lindo, fantástico. Mas, meu amigo, o senhor querer que sexta e sábado, a partir
da meia-noite, seja proibida a bebida alcoólica... Não adianta, meu amigo, não
é assim que funciona! Nós temos que fazer uma campanha publicitária no sentido
de que a bebida não leve ninguém à violência. Ela não leva, Ver. Mario Fraga;
só leva aquelas pessoas que realmente já estão mal-intencionadas; bebendo ou
não bebendo, vão fazer igual.
Aí,
meu amigo, vem o Secretário também com a Lei Seca. Acho que o Ver. Haroldo de
Souza não pode mais. É muita lei, é lei para cá, fiscaliza aqui, fiscaliza ali.
Daqui a pouco, meu amigo, não vai ter! Já proibiram os bingos de funcionar, que
davam muitos empregos também!
E,
agora, aparece mais uma Lei, a Lei da minha querida amiga, companheira, Maria
Luiza. Ela quer o cadastramento das pessoas freqüentadoras de motéis. Veja bem,
irmão! O desemprego vai continuar, porque quem é que vai chegar ao motel e vai
se cadastrar?! Já tem uma Lei, Vereadora, que deve ter um cartaz na frente do
motel, visível, dizendo que é proibido a menores freqüentar o local. Nós temos
é que pedir para fiscalizarem a Lei!
Eu
acho que nós temos que facilitar um pouco, Ver. Nereu; está demais! Daqui a
pouco, o comércio não vai funcionar mais! Nós temos que facilitar! Com todo o
respeito que eu tenho pela Verª Maria Luiza, é colega, me perdoe, mas eu fui
obrigado a falar, porque é muito problema.
Aí
tem um Vereador aqui que fala que quer aumentar o horário, nas sextas e
sábados, duas horas a mais, para que os comerciantes sejam beneficiados, já que
eles dão emprego para pessoas de todas as classes: tem gente que trabalha na
cozinha, tem gente que trabalha de garçom; enfim, eles proporcionam serviço,
proporcionam trabalho. Imaginem, se nós dificultarmos, não vai ter mais ninguém
empregado! Já está um problema na Cidade; tem muito desemprego, Vereador! E
nós, como Vereadores, temos que batalhar pelo emprego, pelo pequeno empresário,
porque está na hora de nós ajudarmos o pequeno empresário e abraçar esta causa,
porque ele não agüenta mais de tanto imposto. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, já quase ao
encerrar desta Sessão, vou falar em Liderança, para dizer que o Ver. Brasinha
tem razão em algumas coisas, é claro. O nosso problema é o excesso de leis, e
nada mais prejudicial à boa lei do que a lei inócua; e muitas das leis aqui
discutidas, votadas, não têm sentido nenhum e prejudicam a fiscalização, o conhecimento
das boas leis. Elas fazem até com que o jurista Miguel Reale diga ser possível,
hoje, que desconhecer a lei não é crime, porque são tantas as leis deste País
que não é possível que alguém as conheça, nem mesmo acompanhado pelo
computador, porque o computador recebe as informações que lhe são transmitidas.
Mas,
Srª Presidenta, eu acho que dificilmente haverá quórum para prosseguir a
Sessão, e não sei se não teríamos que votar a prorrogação da Sessão por mais
duas horas; não sei se começou às 14h - quatro horas e meia é o tempo da
Sessão. Não sei se a Diretoria Legislativa confirma. Mas, de qualquer forma,
acredito que nós não teríamos 24 votos para aprovar um Projeto de Lei, dando
Título de Cidadão de Porto Alegre - não sei se é necessária a maioria absoluta
para um Projeto de Resolução da Mesa. E há um Projeto de Emenda à Lei Orgânica
deste Vereador, que estaria na 3º Sessão de Pauta e, se houver Ordem do Dia,
vou solicitar que seja adiado por duas Sessões, porque desejo estudar bem as
coisas que a Procuradoria encaminhou para cá. E isso é muito importante, pois a
Procuradoria, que tem de defender a legislação municipal, não fez a defesa da
legislação municipal, quando o Desembargador, com todas as letras, escreveu que
a decisão sobre o assunto da substituição do Prefeito estaria em razão das leis
municipais, e o Regimento da Casa é uma lei municipal. Mas há outras coisas
mais que eu teria de falar sobre aquele ofício que eles passaram um tempo
mandando.
E,
também, claro, preciso registrar a minha tristeza, e espero que segunda-feira
não ocorra mais esta minha tristeza, pois eu pedi urgência para um Projeto do
Executivo, e este pedido é para fazer justiça, para colocar isonomia. Não me
deram a urgência; um joga a culpa no outro, mas eu tenho a certeza de que eu e
a Presidenta não temos culpa nenhuma; o resto é o resto.
Desta
forma, Srª Presidenta e Srs. Vereadores, eu só posso esperar que haja quórum
para continuarmos. Se houver quórum, eu vou pedir que a Diretoria Legislativa
já prepare, por favor, o adiamento do meu Projeto por duas Sessões, porque
preciso estudar o Parecer da Procuradoria do Município. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Para
informá-lo, Ver. João Antonio Dib, às 18h38min encerra-se o prazo regimental
desta Sessão e, aí, teremos que votar a prorrogação.
O Ver. Dr. Raul está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. DR. RAUL: Exma
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; nobres colegas, aqueles que nos assistem,
eu venho, neste momento de Liderança, dizer do nosso desconforto em relação a
essa questão dos PSFs na Cidade. Estivemos agora, há cinco minutos, reunidos
com a comissão de lideranças da área, dos agentes comunitários, enfermeiras,
técnicos, médicos, e estamos querendo resolver logo essa questão para a Cidade.
A Cidade não pode ficar sem os seus Programas Saúde da Família funcionando,
essas mais de 300 mil pessoas que são por eles beneficiadas devem ter o
atendimento garantido, estamos batalhando para isso. Inclusive já fizemos alguns
contatos, agora, no sentido de que o Governo Municipal, através de suas
Secretarias, esteja vigilante. O Governo Municipal se reuniu hoje com o
Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal, Estadual, tentando
buscar uma solução já para o dia de amanhã. Com o próprio Tribunal de Contas
também já existem reuniões nesse sentido para que a gente possa efetivamente
dar uma boa solução para terminar com o extremo desconforto desse pessoal,
tanto dos funcionários, como dos que estão sendo atendidos, os da própria
gestão. Precisamos de um avanço nesse sentido. Estamos dando a nossa
contribuição para isso, acho que estamos indo bem, e em breve teremos uma
solução que faça com que esse Programa, como estratégia real necessária para a
Cidade e para o País, seja mantido cada vez mais forte, e inclusive ampliado.
Gostaria
ainda de dizer que está na Pauta desta Casa um Projeto de Lei, de minha
autoria, que cria o Protocolo de Intenções para a Promoção do Planejamento
Familiar na cidade de Porto Alegre. Eu acredito que seja de extrema relevância
esse protocolo, inclusive a ser criado pelo Município, que deve ser o ente a
coordenar as ações do planejamento familiar. E uma vez que haja esse protocolo
vinculado ao Município, que as entidades civis e públicas possam se unir, e,
através desse termo de adesão, fazerem efetivamente ações no sentido de que nós
consigamos fazer com que Porto Alegre seja melhor atendida nessa área, que nós
tenhamos mais métodos anticoncepcionais realmente à disposição da comunidade;
que tenhamos esclarecimentos necessários, palestras, parcerias
público-privadas; que tenhamos com clareza o que a Cidade quer na gestão do seu
planejamento familiar. Pois nós sabemos que o planejamento familiar traz
segurança, educação, emprego, e que as famílias realmente possam ter os seus
filhos tratados com dignidade, com espaçamento real entre as gestações, fazendo
com que as próprias mães possam dar mais carinho aos seus filhos, possam ter o
seu organismo recuperado mais tranqüilamente para uma próxima gestação. E as
famílias devem resolver essa questão de maneira unida, forte; e que a gente
possa combater a gestação na adolescência, que é um crime que se faz contra a
sociedade, muitas vezes deixando crianças indesejadas, jogadas - digamos, assim
- que acabam se tornando, infelizmente, na maioria das vezes, pessoas
marginalizadas na sociedade, através da droga, do roubo, do furto, enfim.
Então, realmente, nós precisamos investir forte nessa área. O próprio Governo
Federal tem investido bastante nessas questões, e acreditamos que o Município
também deva dar a sua parcela com mais força, porque nós não podemos conviver,
por exemplo, com dificuldades como temos enfrentado em postos de saúde para
conseguir pílulas anticoncepcionais. Pílulas anticoncepcionais são uma questão
de cidadania; não há como um posto de saúde deixar de fornecer. Isso tem que
estar lá na Central de Medicamentos, estocado em quantidade, e não pode faltar
nunca para a população. Seja a medicação oral, seja injetável - hoje também
muito utilizada -, seja o DIU. Nós precisamos tratar dessa questão com clareza;
e são coisas que não necessitam de um grande empenho financeiro, é mais uma
questão que passa também pelas entidades e pela gestão pública. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Em votação o Requerimento de prorrogação da Sessão por mais duas horas.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) 10 votos SIM; 1 voto NÃO; 11 Vereadores presentes. Não
há quórum para prosseguirmos com os trabalhos.
Convido
todos os Srs. Vereadores e Sras Vereadoras para estarem domingo, no
Brique da Redenção, às 11 horas, quando estaremos distribuindo o relatório da
prestação de contas do 1º semestre da Câmara Municipal para a cidade de Porto
Alegre. Muito obrigada.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h43min.)
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